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Número de empresas denunciadas por assédio eleitoral passa de 1.000

Região Sudeste lidera registros de casos, com 422 empresas denunciadas

Assédio eleitoral: TSE mostra que a região Sudeste lidera as denúncias, com 422 empresas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Assédio eleitoral: TSE mostra que a região Sudeste lidera as denúncias, com 422 empresas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de outubro de 2022 às 15h02.

A seis dias do segundo turno das eleições, o número de empresas denunciadas por assédio eleitoral este ano subiu para 1027, ultrapassando os mil casos nesta segunda-feira, segundo o Ministério Público do Trabalho.

Dados do órgão mostram que a região Sudeste lidera as denúncias, com 422 empresas denunciadas. Em seguida, aparece a região Sul, com 302 casos; depois, Nordeste, com 187 empresas; Centro-oeste com 87; e Norte, com 29.

Já o número de denúncias de assédio eleitoral recebidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a 1.256. Na sexta-feira passada, eram 1.155. Os relatos de patrões que tentam pressionar funcionários para votarem em seus candidatos explodiu ao após o primeiro turno do pleito. Em 2018, foram apenas 212 denúncias sobre a prática.

De acordo com a legislação, o assédio eleitoral ocorre quando alguém tenta constranger, ameaçar ou coagir alguém para que a pessoa vote em determinado candidato.

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Até o fim da semana passada, o MPT havia movido nove ações civis públicas e celebrado 34 Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com empresários que praticaram assédio eleitoral. Além disso, o órgão obteve seis liminares relacionadas a denúncias sobre o crime.

Autoridades tem manifestado preocupação com o tema após a explosão de denúncias. Na semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, classificou a prática como "lamentável" e afirmou que buscaria soluções para responder ao problema.

"Não é possível que em pleno século 21 se queira coagir o empregado", afirmou Moraes na ocasião.

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