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Nomeação de ministro interino irrita PMDB

Contrariando a pressão do PMDB, Dilma nomeou para a Integração Francisco Teixeira, que deixou o PSB para ingressar no recém-criado PROS

Francisco Teixeira cumprimenta seu antecessor, Fernando Bezerra (à direita), que deixou o cargo: PMDB defende a indicação do senador Vital do Rego (PMDB-PB) (Valter Campanato/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 09h28.

Brasília - A decisão da presidente Dilma Rousseff de adiar a substituição de Fernando Bezerra Coelho ( PSB ) por um peemedebista no Ministério da Integração Nacional provocou revolta no PMDB, que exige providências do vice-presidente da República e presidente licenciado da legenda, Michel Temer.

Nesta terça-feira, 1º, após anúncio de que Coelho não seria substituído imediatamente, integrantes da sigla passaram a exigir que Temer converse com a presidente para defender a indicação do senador Vital do Rego (PMDB-PB), nome definido pelo partido após reuniões na semana passada.

Contrariando a pressão do PMDB, Dilma nomeou para a Integração o subsecretário de Infraestrutura Hídrica, Francisco Teixeira, que ficará interinamente no cargo por alguns meses, conforme orientação da própria presidente.

Teixeira é ligado ao governador do Ceará, Cid Gomes, que deixou o PSB para ingressar no recém-criado PROS. Cid e o irmão, Ciro Gomes, têm dito que não querem nenhum de seus afilhados no governo, para não darem margem à especulação de que saíram do PSB para manter os cargos que tinham na administração de Dilma Rousseff. Mas entre os partidos aliados há dúvidas quanto às afirmações dos irmãos Gomes.

A informação oficial no Palácio do Planalto é de que Dilma nomeou Teixeira para evitar que haja interrupção nos projetos da Irrigação. A ideia de Dilma, quando há vacância de ministérios, é nomear o secretário executivo para o lugar. Mas no caso da Integração houve baixa também nesse posto, visto que Alexandre Navarro, que é ligado ao governador Eduardo Campos, pediu demissão.

Ainda conforme informações do Planalto, durante a audiência em que Fernando Bezerra entregou o cargo, a presidente Dilma Rousseff pediu a ele que fizesse um breve relato sobre seus secretários, para escolher um que pudesse tocar o Ministério até dezembro ou janeiro, quando pretende fazer uma reforma ministerial ampliada. "No momento, estou me fixando em designações interinas", confidenciou a presidente ao já ex-ministro, após informar que ia decidir por um dos nomes e avisar a Bezerra que o estava chamando ao seu gabinete.

Na conversa com Bezerra, Dilma informou ainda que ia telefonar para o governador Eduardo Campos, provável adversário dela na eleição do ano que vem, a fim de agradecer a contribuição do PSB ao governo federal, falar do grande respeito que tem por ele, e reiterar que está mantido o canal de interlocução. A presidente quer deixar a porta aberta ao PSB. Ela sabe que na disputa eleitoral em 2014 poderá precisar do apoio do partido no segundo turno.

Para evitar qualquer tipo de mal-entendido com o PMDB, Dilma resolveu chamar nesta terça à tarde o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), para conversar e explicar a situação. Renan, que estava com Vital do Rego na sala quando recebeu telefonema de Dilma, achou que a presidente iria fazer o convite. Foi avisado, porém, de que a conversa era só com ele, Renan, causando surpresa e perplexidade entre integrantes do partido.

A decisão de adiar as mudanças definitivas no Ministério foram tomadas após a presidente ter se reunido, na noite de terça, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - A decisão da presidente Dilma Rousseff de adiar a substituição de Fernando Bezerra Coelho ( PSB ) por um peemedebista no Ministério da Integração Nacional provocou revolta no PMDB, que exige providências do vice-presidente da República e presidente licenciado da legenda, Michel Temer.

Nesta terça-feira, 1º, após anúncio de que Coelho não seria substituído imediatamente, integrantes da sigla passaram a exigir que Temer converse com a presidente para defender a indicação do senador Vital do Rego (PMDB-PB), nome definido pelo partido após reuniões na semana passada.

Contrariando a pressão do PMDB, Dilma nomeou para a Integração o subsecretário de Infraestrutura Hídrica, Francisco Teixeira, que ficará interinamente no cargo por alguns meses, conforme orientação da própria presidente.

Teixeira é ligado ao governador do Ceará, Cid Gomes, que deixou o PSB para ingressar no recém-criado PROS. Cid e o irmão, Ciro Gomes, têm dito que não querem nenhum de seus afilhados no governo, para não darem margem à especulação de que saíram do PSB para manter os cargos que tinham na administração de Dilma Rousseff. Mas entre os partidos aliados há dúvidas quanto às afirmações dos irmãos Gomes.

A informação oficial no Palácio do Planalto é de que Dilma nomeou Teixeira para evitar que haja interrupção nos projetos da Irrigação. A ideia de Dilma, quando há vacância de ministérios, é nomear o secretário executivo para o lugar. Mas no caso da Integração houve baixa também nesse posto, visto que Alexandre Navarro, que é ligado ao governador Eduardo Campos, pediu demissão.

Ainda conforme informações do Planalto, durante a audiência em que Fernando Bezerra entregou o cargo, a presidente Dilma Rousseff pediu a ele que fizesse um breve relato sobre seus secretários, para escolher um que pudesse tocar o Ministério até dezembro ou janeiro, quando pretende fazer uma reforma ministerial ampliada. "No momento, estou me fixando em designações interinas", confidenciou a presidente ao já ex-ministro, após informar que ia decidir por um dos nomes e avisar a Bezerra que o estava chamando ao seu gabinete.

Na conversa com Bezerra, Dilma informou ainda que ia telefonar para o governador Eduardo Campos, provável adversário dela na eleição do ano que vem, a fim de agradecer a contribuição do PSB ao governo federal, falar do grande respeito que tem por ele, e reiterar que está mantido o canal de interlocução. A presidente quer deixar a porta aberta ao PSB. Ela sabe que na disputa eleitoral em 2014 poderá precisar do apoio do partido no segundo turno.

Para evitar qualquer tipo de mal-entendido com o PMDB, Dilma resolveu chamar nesta terça à tarde o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), para conversar e explicar a situação. Renan, que estava com Vital do Rego na sala quando recebeu telefonema de Dilma, achou que a presidente iria fazer o convite. Foi avisado, porém, de que a conversa era só com ele, Renan, causando surpresa e perplexidade entre integrantes do partido.

A decisão de adiar as mudanças definitivas no Ministério foram tomadas após a presidente ter se reunido, na noite de terça, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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