Enem: a edição de 2020 do Enem foi adiada em razão da pandemia e as provas da versão impressa acabaram remarcadas para 17 e 24 de janeiro e da versão digital para 31 de janeiro e 7 de fevereiro (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 12h09.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta terça-feira, 12, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será novamente adiado. A edição de 2020 do Enem foi adiada em razão da pandemia e as provas da versão impressa acabaram remarcadas para 17 e 24 de janeiro e da versão digital para 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
Apesar da mudança na data, há discussões sobre a pertinência de se manter o exame, tanto por conta dos riscos de contaminação pelo coronavírus quanto pelo fato de alunos terem ficado sem aulas uma parte do ano.
Em entrevista à CNN, Ribeiro garantiu que todos as medidas de segurança contra a covid-19 estão sendo tomadas para proteger estudantes e funcionários durante a aplicação das provas. "Não vamos adiar o Enem. Primeiro porque tomamos todos os cuidados de biossegurança possíveis. Queremos dar tranquilidade para você que vai fazer a prova, assim como aconteceu no (último) domingo, em menor proporção, claro, no exame da Fuvest", disse o ministro.
Ribeiro citou um trecho da Bíblia e afirmou que "a esperança que se adia adoece o coração" e que o governo não pode fazer isso com as expectativas dos estudantes. Ainda segundo ele, uma minoria quer o adiamento das provas. "Uma minoria, barulhenta, mas minoria."
O ministro também lamentou a morte do chefe da diretoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e responsável pela elaboração do Enem, o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza, que morreu na segunda-feira, 11, aos 59 anos, após complicações causadas pela covid-19.