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Jair Bolsonaro foi entrevistado na noite desta quinta-feira, no programa Roda Viva, da TV Cultura. O deputado atacou o regime de cotas e defendeu a ditadura
EXAME Hoje
Publicado em 31 de julho de 2018 às 07h16.
Última atualização em 31 de julho de 2018 às 09h22.
“Não houve golpe”, diz Bolsonaro
Candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro foi o entrevistado da noite desta quinta-feira, 30, no programa Roda Viva, da TV Cultura. No debate acalorado com jornalistas, o deputado atacou o regime de cotas nas universidades, defendeu a ditadura militar (1964-1985) e disse ter hoje mais votos que Lula. O parlamentar é líder nas pesquisas eleitorais nos cenários sem o ex-presidente petista na disputa. Para Bolsonaro, os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria”, e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles. “Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor”, disse Bolsonaro. Pressionado pelos jornalistas convidados a falar sobre a abertura dos arquivos da ditadura militar, o presidenciável disse duvidar que eles ainda existam. “Não vou abrir nada. Esquece isso aí, vamos pensar daqui pra frente”, desconversou.
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Saga pelo vice 1
Segundo coluna do jornal O Globo, a senadora Ana Amélia (PP) disse um não definitivo para o convite de ser vice do pré-candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin. O ex-governador também tem tido dificuldade de encontrar um vice para sua chapa, após a negativa do nome proposto pelo Centrão (grupo de partidos formado por PP, DEM, PR, SD e PRB), o empresário Josué Alencar (PR). Nesta segunda-feira, outro cotado pelo grupo é o do ex-ministro Aldo Rebelo (SD). Ao Estadão, Rebelo afirmou que a hipótese de ser vice de Alckmin não está sendo considerada por ele.
Saga pelo vice 2
De acordo com coluna da revista VEJA, o sonho do PSL paulista é anunciar o vice de Jair Bolsonaro na convenção estadual do partido, no dia 5 de agosto. A legenda já confirmou que anunciará candidaturas de deputados federais e estaduais, além da de Major Olímpio ao Senado. Nesta segunda-feira (30), Bolsonaro deve se encontrar com a advogada Janaína Paschoal para uma conversa definitiva sobre ela aceitar ou não a vaga de vice.
Novo rombo
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira o déficit primário do setor público, que mostrou um rombo de 13,491 bilhões de reais em junho. Com isso, o déficit acumulado em 12 anos equivale a 1,34% do produto interno bruto (PIB) brasileiro. Em junho, a dívida pública bruta ficou em 77,2% do PIB, ao passo que a dívida líquida atingiu 51,4% do PIB, ante a expectativa de 77,1 e 51,2%, respectivamente.
Cade aprova
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição de participação societária indireta na companhia de combustíveis Alesat pela empresa anglo-suíça de commodities de mineração Glencore Oil. A compra havia sido concluída no início de julho e representa 78% de participação societária indireta na Alesat. Segundo o Cade, trata-se de uma aquisição de controle que abrange todas as atividades econômicas do Grupo Ale no Brasil. Em documentos enviados ao órgão concorrencial, a Glencore avaliou que a operação está inserida no contexto de entrada e expansão de suas atividades no mercado de combustíveis no Brasil e na América Latina. Em seu parecer, o Cade destacou que a operação “não gera sobreposições horizontais”, já que ambos os grupos não atuam nos mesmos mercados, e não “enseja preocupações concorrenciais”.
ANS revoga norma
A Agência Nacional de Saúde Suplementar decidiu revogar a norma que previa a cobrança de até 40% de coparticipação dos procedimentos dos clientes de planos de saúde e definia regras para a aplicação de franquia em convênios médicos. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira, 30, pela diretoria colegiada do órgão. Com a revogação, a diretoria aprovou também a realização de nova audiência pública para debater com diferentes setores da sociedade a norma e ampliar a participação popular. Para o consumidor, não há mudanças imediatas pois a nova norma só entraria em vigor em dezembro.
Trump e Conte em sintonia
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, reuniu-se com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira. Em Washington, Conte afirmou que o líder americano é “o amigo mais útil da Europa”, e que a União Europeia deveria firmar mais acordos comerciais com o país. Com posicionamentos nacionalistas e discursos anti-imigratórios, os dois líderes têm demonstrado simpatia, algo que Trump não mostrou em visitas anteriores, com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, Emmanuel Macron. Durante o encontro, Trump afirmou que concordava com as novas medidas migratórias da Itália e que outros países europeus deveriam seguir o exemplo italiano. Os líderes ainda conversaram sobre a situação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e defenderam alianças com o governo da Rússia. Trump ainda afirmou nesta segunda-feira que poderia se encontrar para uma conversa com o Irã, repetindo a estratégia de ameaças e encontros já realizada com o líder norte-coreano Kim Jong-Un.
Assange sem lar
O jornalista e fundador do site Wikileaks, Julian Assange, iniciou a negociação para sua saída da Embaixada do Equador em Londres, onde está abrigado desde 2012. Segundo o jornal inglês Times of London, Assange corre o risco de perder o status de asilado e ser expulso da embaixada. O jornalista pediu asilo para o Equador em 2012, para evitar uma extradição à Suécia, onde seria interrogado a respeito de alegações de crimes sexuais que sempre negou. As alegações foram descartadas desde então, mas Assange seria preso pela polícia britânica se deixasse a embaixada por violar os termos de sua condicional. A defesa de Assange afirmou que vai recorrer à extradição, e que vai se esforçar para que o jornalista seja julgado na Inglaterra. Na sexta-feira, o presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou que nunca apoiou as atividades de vazamento lideradas pelo fundador do Wikileaks, e que desejava que ele deixasse a embaixada do país em Londres. O jornalista ainda corre o risco de ser extraditado para os Estados Unidos, onde é acusado de publicar segredos do governo americano.