Brasil

Não acredito na aprovação da CPMF, diz Cunha

Presidente da Câmara disse não acreditar na aprovação da matéria por parte dos deputados


	"Sinceramente, não acredito na aprovação da CPMF, mesmo que o governo tenha a base mais azeitada possível", disse Eduardo Cunha
 (Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados)

"Sinceramente, não acredito na aprovação da CPMF, mesmo que o governo tenha a base mais azeitada possível", disse Eduardo Cunha (Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 17h30.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliou em entrevista nesta quinta-feira, 22, que a articulação do Planalto com prefeitos para dobrar a CPMF de 0,20% para 0,38% não deverá ajudar a aprovação da recriação do tributo na Casa. 

Mesmo que o governo tenha a "base mais azeitada possível", ele disse não acreditar na aprovação da matéria por parte dos deputados.

"Se você aumentar a meta, aumenta o problema", afirmou. Isso porque, de acordo com o peemedebista, há uma rejeição da sociedade como um todo em relação aos efeitos que a recriação na economia.

"Sinceramente, não acredito na aprovação da CPMF, mesmo que o governo tenha a base mais azeitada possível", disse.

Como noticiou nesta quinta-feira o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini está articulando o apoio de prefeitos para tentar aprovar a recriação da CPMF no Congresso.

Pela ideia estudada, a alíquota seria de 0,38%, compartilhada em 0,20% para a União, 0,09% para municípios e 0,09% para os Estados.

Relação

Cunha também comentou declaração de Berzoini, que, em entrevista hoje, defendeu a necessidade de manutenção do "diálogo institucional" com o presidente da Câmara.

O peemedebista afirmou que, independente da sua posição política, sempre trabalhará por uma relação institucional harmoniosa com o Executivo.

"Sempre costumo dizer, e sempre fez parte da minha campanha eleitoral aqui, os poderes são independentes e harmônicos entre si. Então, qualquer relação institucional com harmonia da minha parte sempre terá", disse.

"Isso é uma coisa complemente diferente da minha posição política pessoal, que eu não misturo com minha posição de presidente da Câmara", emendou.

Delações

O presidente da Câmara afirmou também que, assim como toda a lei, a de delações é passível de revisão. Ele afirmou que a ideia de criar uma comissão especial para discutir o assunto na Casa, defendida pelo relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), em seu relatório, poderá avançar.

"Toda lei é passível de revisão, toda lei pode ser aperfeiçoada", afirmou ao ser questionado sobre o que achava da defesa de revisão da lei de delações defendida por Sérgio em seu relatório.

Ele ponderou, contudo, que não conhece o debate e que estava falando apenas em tese.

Na entrevista, o peemedebista voltou a reforçar que não tem prazo para anunciar se vai deferir ou não o novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado ontem pela oposição, mas sinalizou que "prefere tomar a decisão o mais rápido possível".

Acompanhe tudo sobre:CongressoCPMFeconomia-brasileiraEduardo CunhaImpostosLeãoPolítica

Mais de Brasil

Vai viajar no Ano Novo? Veja os melhores horários para pegar a estrada em SP

AGU orienta governo a não pagar R$ 4,2 bilhões em emendas da Câmara após decisão de Dino

Senado afirma que cumpriu exigências e pede para Dino liberar suas emendas de comissão

O que abre e o que fecha no feriado de Ano Novo em SP