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MTST quer demarcação para filiados e trava Plano Diretor

Líder do movimento diz que projeto não garante que as cerca de 3 mil famílias em Itaquera serão contempladas com os imóveis


	Ato do MTST em 24 de junho: cerca de 3 mil sem-teto acampam na frente do Legislativo
 (Nelson Almeida/AFP)

Ato do MTST em 24 de junho: cerca de 3 mil sem-teto acampam na frente do Legislativo (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 17h23.

São Paulo - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, discordou do projeto do vereador Police Neto (PSD) que autoriza a construção de moradias populares onde está a Ocupação Copa do Povo, em Itaquera, na zona leste de São Paulo.

Boulos diz que o projeto não garante que cerca de 3 mil famílias que estão no terreno de 150 mil metros quadrados serão as contempladas com os imóveis.

"Juridicamente não dá pra demarcar as moradias para quem está no terreno. Temos de respeitar a fila de atendimento habitacional da Prefeitura", argumentou o líder da bancada do PT, Alfredinho (PT).

Boulos e os cerca de 3 mil sem-teto que acampam na frente do Legislativo exigem que o projeto de lei garanta a construção das moradias no terreno via parceria entre o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e o MTST.

Mas a Prefeitura, por recomendação do Ministério Público Estadual, terá de respeitar a fila de cadastrados nos programas habitacionais da Cohab que moram na região de Itaquera.

"É possível se pensar numa mudança para que também se possa fazer o empreendimento no local por meio do Minha Casa Minha Vida. Mas não dá pra colocar no projeto que o MTST indicará as famílias", afirmou Police Neto (PSD), vereador que é autor do projeto que autoriza empreendimento de interesse social no terreno da Ocupação Copa do Povo.

O texto que está em análise nesta sexta-feira, 27, em audiência pública, é um substitutivo ao projeto do vereador apresentado pelo governo. Ele afirmou que será necessária uma concorrência entre entidades para a construção das moradias, e isso é uma recomendação do MP.

Boulos, porém, afirma que o projeto em discussão "não resolve o problema de maneira alguma.

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