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MPE contesta redução na vazão do Cantareira no interior

Ministério Público contestou a recomendação de reduzir para 3 metros por segundo a vazão primária das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí

Família de capivaras nadam além dos marcadores de nível d'água em Bragança Paulista (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 18h41.

São Paulo - O Ministério Público Estadual (MPE) em Piracicaba contestou nesta sexta-feira, 7, a recomendação do comitê anticrise do Sistema Cantareira de reduzir de 4 metros para 3 metros por segundo a vazão primária das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastecem a região de Campinas.

De acordo com o promotor público Ivan Carneiro Castanheiro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), a mesma recomendação manteve para a Região Metropolitana de São Paulo os 27,9 mil litros por segundo, que está acima da vazão primária outorgada, de 24,8 mil litros por segundo.

Segundo ele, a justificativa do comitê, no sentido de ter recomendado para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) o uso de 84,5% da outorga, não está correta, pois o porcentual se refere à vazão total, e não à primária - aquela destinada ao abastecimento público -, como deveria ocorrer em momentos de crise hídrica.

"Qual a razão da diferença de tratamento, liberando menos para o PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e acima do máximo para a Região Metropolitana de São Paulo?", questionou.

De acordo com o promotor, com a permissão dos gestores do sistema, a Sabesp tem adiado a suspensão do uso do banco de águas para fazer estoque na represa do Paiva Castro, formando uma espécie de "poupança de água". A manobra, segundo Castanheiro, não parece justa, já que objetiva evitar o racionamento na Grande São Paulo, em detrimento de outros usuários, como os municípios da região de Campinas que já racionam água.

"O Ministério Público de São Paulo, em conjunto com o Ministério Público Federal, continua investigando os fatos e colhendo as informações necessárias para, se for o caso, adotar as providências cabíveis." Segundo o promotor, "o que se busca é uma solução efetivamente compartilhada em sacrifícios nesse momento de crise". Questionada a respeito, a Sabesp não havia se manifestado até as 18 horas desta sexta-feira.

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De acordo com o promotor público Ivan Carneiro Castanheiro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), a mesma recomendação manteve para a Região Metropolitana de São Paulo os 27,9 mil litros por segundo, que está acima da vazão primária outorgada, de 24,8 mil litros por segundo.

Segundo ele, a justificativa do comitê, no sentido de ter recomendado para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) o uso de 84,5% da outorga, não está correta, pois o porcentual se refere à vazão total, e não à primária - aquela destinada ao abastecimento público -, como deveria ocorrer em momentos de crise hídrica.

"Qual a razão da diferença de tratamento, liberando menos para o PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e acima do máximo para a Região Metropolitana de São Paulo?", questionou.

De acordo com o promotor, com a permissão dos gestores do sistema, a Sabesp tem adiado a suspensão do uso do banco de águas para fazer estoque na represa do Paiva Castro, formando uma espécie de "poupança de água". A manobra, segundo Castanheiro, não parece justa, já que objetiva evitar o racionamento na Grande São Paulo, em detrimento de outros usuários, como os municípios da região de Campinas que já racionam água.

"O Ministério Público de São Paulo, em conjunto com o Ministério Público Federal, continua investigando os fatos e colhendo as informações necessárias para, se for o caso, adotar as providências cabíveis." Segundo o promotor, "o que se busca é uma solução efetivamente compartilhada em sacrifícios nesse momento de crise". Questionada a respeito, a Sabesp não havia se manifestado até as 18 horas desta sexta-feira.

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