Movimentos do PSDB querem revisão de indicação de Telhada
Movimentos questionam indicação do deputado Coronel Telhada para integrar a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2015 às 20h09.
São Paulo - A Juventude do PSDB paulista e os movimentos que defendem direitos das minorias ligados ao partido divulgaram neste sábado (09) uma nota pedindo que o partido reveja a indicação do deputado Coronel Telhada para integrar a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). O PSDB tem direito a três vagas no colegiado.
O texto também foi assinado pelos movimentos negro (Tucanafro), gay (Diversidade Tucana) e o PSDB Esquerda para Valer.
"A Juventude Estadual do PSDB, o Tucanafro, a Diversidade Tucana e o PSDB Esquerda para Valer, conjuntamente, através dessa nota, solicitam que a bancada dos deputados do PSDB reveja a indicação do Coronel Telhada para a Comissão de Direitos Humanos em respeito ao compromisso histórico do partido com o tema", diz o texto.
O presidente do Diversidade Tucana estadual, Wagner Tronolone, afirmou que Telhada já fez declarações consideradas de cunho homofóbico pelo próprio PSDB e disse que a sigla tinha nomes melhores para indicar para a comissão.
"Tem declarações dele que o próprio partido considerou homofóbica. Isso vai contra o programa do PSDB", disse Tronolone. "A gente acha que tem opções melhores, menos polêmicas, menos complicadas (que podem ser indicadas para a comissão). As opiniões do Telhada não são opiniões compartilhadas pelo PSDB, nem refletem as bandeiras do partido, principalmente a ligada aos direitos humanos".
Paulo Mathias, presidente da Juventude do PSDB paulista, disse que outros deputados poderiam contribuir na Comissão de Direitos Humanos "de maneira mais significativa". Segundo ele, Telhada poderia ser mais proveitoso em outra área.
A escolha de Telhada também contrariou parte dos parlamentares tucanos. Por ora, porém, a liderança do PSDB diz que vai manter o ex-PM na comissão.
Telhada começou na política em 2012, três anos depois de ter assumido o comando da Rota, notória tanto pelo papel no combate ao crime organizado como pela letalidade de suas operações. No currículo, tinha 32 anos de carreira, 36 mortes em ações pela Polícia Militar e 80 elogios em sua ficha. Ao estrear nas urnas, foi eleito vereador na capital pelo PSDB.
No ano passado, Telhada tornou-se o segundo candidato mais votado para a Assembleia, atrás apenas do colega de bancada Fernando Capez (PSDB), reeleito para o terceiro mandato. Hoje presidente da Casa, Capez não quis comentar a indicação de Telhada para a Comissão de Direitos Humanos. "Esse assunto diz respeito à responsabilidade das bancadas, não da presidência", desconversou.
Líder da bancada do PSDB na Assembleia, Carlão Pignatari é o responsável formal pela escolha. Disse que o próprio Telhada pediu a indicação. "Ele já integrava a Comissão de Direitos Humanos da Câmara quando era vereador", afirmou Pignatari. "Ele manifestou interesse por defender os direitos humanos dos policiais mortos."
São Paulo - A Juventude do PSDB paulista e os movimentos que defendem direitos das minorias ligados ao partido divulgaram neste sábado (09) uma nota pedindo que o partido reveja a indicação do deputado Coronel Telhada para integrar a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). O PSDB tem direito a três vagas no colegiado.
O texto também foi assinado pelos movimentos negro (Tucanafro), gay (Diversidade Tucana) e o PSDB Esquerda para Valer.
"A Juventude Estadual do PSDB, o Tucanafro, a Diversidade Tucana e o PSDB Esquerda para Valer, conjuntamente, através dessa nota, solicitam que a bancada dos deputados do PSDB reveja a indicação do Coronel Telhada para a Comissão de Direitos Humanos em respeito ao compromisso histórico do partido com o tema", diz o texto.
O presidente do Diversidade Tucana estadual, Wagner Tronolone, afirmou que Telhada já fez declarações consideradas de cunho homofóbico pelo próprio PSDB e disse que a sigla tinha nomes melhores para indicar para a comissão.
"Tem declarações dele que o próprio partido considerou homofóbica. Isso vai contra o programa do PSDB", disse Tronolone. "A gente acha que tem opções melhores, menos polêmicas, menos complicadas (que podem ser indicadas para a comissão). As opiniões do Telhada não são opiniões compartilhadas pelo PSDB, nem refletem as bandeiras do partido, principalmente a ligada aos direitos humanos".
Paulo Mathias, presidente da Juventude do PSDB paulista, disse que outros deputados poderiam contribuir na Comissão de Direitos Humanos "de maneira mais significativa". Segundo ele, Telhada poderia ser mais proveitoso em outra área.
A escolha de Telhada também contrariou parte dos parlamentares tucanos. Por ora, porém, a liderança do PSDB diz que vai manter o ex-PM na comissão.
Telhada começou na política em 2012, três anos depois de ter assumido o comando da Rota, notória tanto pelo papel no combate ao crime organizado como pela letalidade de suas operações. No currículo, tinha 32 anos de carreira, 36 mortes em ações pela Polícia Militar e 80 elogios em sua ficha. Ao estrear nas urnas, foi eleito vereador na capital pelo PSDB.
No ano passado, Telhada tornou-se o segundo candidato mais votado para a Assembleia, atrás apenas do colega de bancada Fernando Capez (PSDB), reeleito para o terceiro mandato. Hoje presidente da Casa, Capez não quis comentar a indicação de Telhada para a Comissão de Direitos Humanos. "Esse assunto diz respeito à responsabilidade das bancadas, não da presidência", desconversou.
Líder da bancada do PSDB na Assembleia, Carlão Pignatari é o responsável formal pela escolha. Disse que o próprio Telhada pediu a indicação. "Ele já integrava a Comissão de Direitos Humanos da Câmara quando era vereador", afirmou Pignatari. "Ele manifestou interesse por defender os direitos humanos dos policiais mortos."