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Morre o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti

Severino Cavalcanti era presidente da Câmara, mas renunciou no dia 21 de setembro de 2005 porque pesavam contra ele a acusação de recebimento de propina

Severino Cavalcanti: ex-parlamentar deixa a esposa, Amélia, e três filhos (Acervo/Agência Câmara)
AO

Agência O Globo

Publicado em 15 de julho de 2020 às 09h52.

Última atualização em 15 de julho de 2020 às 09h53.

Morreu nesta quarta-feira o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti. Ainda não há informações sobre a causa da morte.

O governador de Pernambuco divulgou nota em que se solidariza com a família e diz que "a morte do ex-deputado Severino Cavalcanti deixa uma lacuna na política de Pernambuco".

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"Detentor de sete mandatos na Assembleia Legislativa, três na Câmara Federal, inclusive com passagem pela Presidência, e com duas gestões na prefeitura da sua cidade, João Alfredo, Severino teve uma trajetória de muito trabalho.

No Twitter, o senador Fernando Bezerra lamentou:

"Com tristeza, nos despedimos de Severino Cavalcanti. Ex-prefeito e ex-deputado federal, Severino foi presidente da Câmara dos Deputados e deixa sua marca na história do município de João Alfredo e na política de Pernambuco.

Na Câmara

Severino Cavalcanti era presidente da Câmara, mas renunciou no dia 21 de setembro de 2005 tanto ao cargo quanto a seu mandato parlamentar. Pesavam contra ele a acusação de recebimento de propina de R$ 10 mil mensais para prorrogar a concessão de duas lanchonetes da Casa. A mesada ganhou o apelido de “mensalinho”.

Pressionado, Severino decidiu pela renúncia. “Todos seremos, em muito breve, julgados pelo povo. Para quem dedicou sua vida à política, esse é o julgamento que conta, a sentença que importa. Voltarei. O povo me absolverá”, disse, à época da renúncia, Severino Cavalcanti.

Tentou voltar à Câmara nas eleições de 2006, mas não conseguiu se eleger. Dois anos depois, se tornou prefeito de sua cidade natal, João Alfredo, no agreste de Pernambuco. Tentou a reeleição, mas teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, pelo fato de ter renunciado para evitar a cassação.

O ex-parlamentar deixa a esposa, Amélia, e três filhos.

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