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Moro diz que "prisão de radicais" que ameaçam ministros do STF é correta

Ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou, nas redes sociais, que "liberdade de expressão protege opiniões, mas não ameaças e crimes"

Moro: ex-ministro comentou a prisão de ativistas bolsonaristas após ataque ao STF (Andre Coelho/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 15 de junho de 2020 às 12h10.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 12h13.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro se manifestou em suas redes sociais após a prisão da ativista bolsonarista Sara Winter e de mais cinco pessoas do grupo "300 pelo Brasil". Moro afirmou que não se pode, a pretexto de criticar o Supremo Tribunal Federal ( STF ), ameaçar os ministros da Corte.

"A prisão de radicais que, a pretexto de criticar o STF, ameaçam explicitamente a instituição e seus ministros, é correta. A liberdade de expressão protege opiniões, mas não ameaças e crimes. O debate público pode ser veemente, mas não criminoso", escreveu o ex-ministro.

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A militante bolsonarista Sara Fernanda Giromini, autodenominada Sara Winter, foi presa na manhã desta segunda-feira pela Polícia Federal (PF) em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A prisão é temporária, com duração de cinco dias. Sara Winter está sendo levada para a Superintendência da PF em Brasília. Além de Sara Winter, outras cinco lideranças do grupo "300 do Brasil" foram presas, segundo informa a colunista Bela Megale. Os nomes delas, contudo, ainda não foram divulgados.

As prisões, temporárias, ocorreram no âmbito de um inquérito aberto em abril para investigar a organização de atos contra a democracia.

Segundo a PGR, os pedidos de prisão foram apresentados porque foram encontrados indícios de que os alvos estavam captando recursos financeiros para cometer crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. O objetivo e ouvir os investigador e reunir informações sobre o grupo.

Sara é uma das líderes do movimento bolsonarista "300 do Brasil", que havia montado um acampamento na Esplanada dos Ministérios, mas foi desmontado no sábado pela Polícia Militar. No mesmo dia, eles chegaram a tentar invadir o Congresso Nacional, mas sem sucesso. À noite, o grupo fez um ato disparando fogos de artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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