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Ministro do TCU diz que pedirá vista da privatização da Eletrobras

Vital do Rêgo disse que cabe a ele, como ministro do TCU, "fiscalizar cada centavo" da privatização da estatal, a mais aguardada pelo governo Jair Bolsonaro

Eletrobras: O governo alega que para aproveitar a janela do mercado e realizar a operação no dia 13 de maio será preciso que o sinal verde do TCU ocorra no máximo até o dia 27 de abril (Tribunal de Contas da União/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2022 às 13h05.

Última atualização em 20 de abril de 2022 às 13h10.

O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União ( TCU ), confirmou em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que vai pedir vista (mais tempo para analisar o processo) de 60 dias da privatização da Eletrobras , em julgamento que vai começar daqui a algumas horas na Corte de Contas - a sessão começa às 14h30 (de Brasília).

"É minha obrigação não deixar que o patrimônio público seja liquidado. Estão fazendo liquidação", criticou o ministro na entrevista.

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Vital do Rêgo disse que cabe a ele, como ministro do TCU, "fiscalizar cada centavo" da privatização da estatal, a mais aguardada pelo governo Jair Bolsonaro.

"Da forma como está, não estão privatizando, estão liquidando, e caberá ao TCU atestar ou não", repetiu o ministro do TCU.

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Ele também afirmou que não está analisando o mérito da venda da empresa. "Essa é uma decisão de governo", frisou o ministro.

Na terça-feira, o Broadcast mostrou que, nos bastidores, um grupo de ministros da Corte recebeu informações de que, por trás da pressão para acelerar a análise da operação, há um movimento para baratear o preço da ação.

O governo alega que para aproveitar a janela do mercado e realizar a operação no dia 13 de maio será preciso que o sinal verde do TCU ocorra no máximo até o dia 27 de abril. Nesse caso, o pedido de vista não poderia passar de sete dias.

O pedido de vista de Vital será submetido a julgamento. Jorge Oliveira, indicado de Bolsonaro ao órgão, votará para reduzir o prazo para sete dias, mas não deve ser acompanhado pela maioria do órgão.

 

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