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Ministério da Saúde rebate Pfizer e diz que exigências são as mesmas dos EUA

A farmacêutica aponta dificuldades para conseguir autorização da Anvisa para entrega do imunizante para uso emergencial no Brasil

Sede do Ministério da Saúde em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Sede do Ministério da Saúde em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 20h09.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, negou nesta terça-feira, 29, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha feito exigências que impeçam a liberação da vacina da farmacêutica Pfizer contra a covid-19 para uso emergencial no Brasil. O laboratório aponta dificuldades para conseguir autorização para entrega do imunizante e diz que o país exige "análises específicas" que atrasam o processo.

Segundo Franco, as exigências no Brasil são as mesmas feitas pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, onde a vacina já foi liberada para uso emergencial. "Nos causou espécie o pronunciamento, ao esclarecer que estava com dificuldade pelas solicitações da Anvisa, uma vez que os aspectos são os mesmos com a FDA para uso emergencial", afirmou, em coletiva de imprensa.

O secretário disse que o Ministério da Saúde buscará maior diálogo com o laboratório "para saber quais são os óbices" que precisam ser superados. "Nós não nos opomos a qualquer solicitação da Pfizer", assegurou. Franco lembrou que deve partir do laboratório seguir o regramento para conseguir a autorização da Anvisa. "Não posso pegar a Pfizer pelo braço, levar lá e falar 'Pfizer, entregue seu relatório para a Anvisa'", disse.

O Ministério da Saúde trabalha com um cronograma de vacinação que pode começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2021. A data exata depende de vários fatores, como autorizações concedidas pela Anvisa e logística, por parte dos fabricantes. "Nossa esperança é que esses processos ocorram sem óbices, com a maior agilidade possível, mas sempre primando pela segurança da população brasileira e pela eficácia da vacina", ponderou Franco.

Antes da distribuição do imunizante, no entanto, é preciso que os fabricantes obtenham registro junto à Anvisa e que entreguem doses suficientes para distribuição, reforçou o secretário. "O Ministério da Saúde tem feito a sua parte. Fizemos o plano, estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro", disse.

Após a declaração da Pfizer de que o processo no Brasil demora mais pelas exigências diferenciadas, a Anvisa se colocou à disposição dos laboratórios para discutir os requisitos. A diretoria da agência convidou a farmacêutica para mais uma reunião nesta quarta-feira, 30.

O consórcio de veículos de imprensa divulgou um balanço nesta terça-feira, 29, com os números da pandemia de covid-19 no Brasil, de acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde. O país tem 192.716 óbitos e 7.564.209 casos confirmados da doença.

     

     

     

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