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Rumo ao G20, Temer segue tentando mostrar normalidade

A postura do presidente ao decidir ir ao encontro é de exibir o mesmo que vem tentando demonstrar desde que a crise eclodiu no final de maio

Michel Temer: a presidência chegou a confirmar que Temer não estaria presente, mas voltou atrás e remarcou a viagem (Beto Barata/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2017 às 06h51.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às 08h50.

Depois do vaivém sobre ir ou não à reunião do G20 , o presidente Michel Temer embarca hoje, às 13h, para a Alemanha. Em Hamburgo, deve encontrar com os líderes das outras 19 maiores economias do mundo.

A presidência chegou a confirmar que Temer não estaria presente, mas voltou atrás e remarcou a viagem. Embora a assessoria do Itamaraty não informe o motivo da indecisão, ela tem a ver com a crise política que o país passa e a denúncia contra Michel Temer, que tramita na Câmara.

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A postura do presidente, ao decidir ir ao encontro, é de exibir o mesmo que vem tentando demonstrar desde que a crise eclodiu, no final de maio: normalidade em sua administração. Se há uma certeza nos corredores do Congresso e do Planalto, porém, é que tal normalidade não há.

Pelo cronograma da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que analisa a denúncia contra Temer, o relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) entrega seu parecer na segunda-feira. Após isso, é provável um pedido de vista, o que faria a sessão retornar somente na quarta-feira.

Depois, 66 membros titulares da CCJ e os 66 suplentes terão até 15 minutos para falar e quarenta deputados que não integram a comissão terão 10. A oposição fará o máximo para alongar a sessão, aumentando a agonia de Temer.

Zveiter não era a escolha preferida do governo e há a chance de um parecer desfavorável ao presidente. A oposição dá como certo que não haverá recesso, que começaria na próxima sexta, justamente porque o governo vai tentar terminar o quanto antes com a tramitação da denúncia.

O encontro entre os líderes do G20 acontece na sexta e no sábado. É uma tradição que todos os comandantes das nações compareçam ao encontro de cúpula anual. A última vez que o presidente brasileiro deixou de ir foi em 2010, quando Lula não foi a Toronto, no Canadá, por causa das enchentes que mataram 51 pessoas no Nordeste.

Temer tem uma outra agenda internacional marcada para os dias 20 e 21 de julho, o encontro de cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. Nesta, o país deve assumir a liderança do bloco.

Temer, no entanto, ainda não confirmou sua ida. No momento, está mais preocupado em continuar na liderança do próprio país.

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