Metrô de SP: sindicato da categoria planeja nova paralisação para 13 de junho
A greve ainda não está confirmada. Os trabalhadores estão em regime de votação até as 19h desta sexta-feira, 2, quando confirmarão se vão, ou não, cruzar os braços mais uma vez este ano
Agência de notícias
Publicado em 2 de junho de 2023 às 09h49.
O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo planeja uma nova greve na capital paulista para o dia 13 de junho. A possível paralisação, de acordo com a categoria, é motivada pela necessidade de pressionar o Governo do Estado e a Companhia do Metropolitano do Estado de SP (Metrô) por mais contratações de funcionários via concurso público.
A greve ainda não está confirmada. Os trabalhadores estão em regime de votação até as 19h desta sexta-feira, 2, quando confirmarão se vão, ou não, cruzar os braços mais uma vez este ano.
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Em março, os metroviários paralisaram as atividades por dois dias para exigir do governo, entre várias demandas, o pagamento de um abono pela falta do recebimento da Participação dos Lucros ou Resultados (PLR) que, segundo o sindicato, não foi repassada aos funcionários entre os anos de 2020 e 2022.
"O mais provável é que a categoria aprove a greve", afirmou Alex Fernandes, um dos diretores do sindicato, ao Estadão. "O governo e a direção do Metrô não querem atender pautas importantes para a categoria", disse.
Ele explica que o concurso público é o carro chefe da atual campanha, e diz que os metroviários estão sobrecarregados e adoecendo devido à baixa quantidade de funcionários em operação. "Estamos trabalhando com um quadro defasado de mais de 2 mil trabalhadores. Precisamos de concurso público imediatamente".
O novo movimento está relacionado também com a campanha salarial de 2023. Maio foi mês de renovação do Acordo Coletivo entre a companhia e os trabalhadores.
Quais linhas do Metrô serão afetadas?
Se aprovada, a greve começa a partir da meia-noite do dia 13 de junho, e deverá afetar as mesmas linhas da paralisação anterior: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (Monotrilho). A proposta do sindicato é que o transporte funcione com as catracas livres, isto é, sem cobranças para os passageiros.
"Estamos fazendo mais uma vez o desafio ao governador (Tarcísio de Freitas): Quer o Metrô rodando? Libere as catracas que atenderemos a população tranquilamente", diz Fernandes.
Além da contratação de mais funcionários, os metroviários da capital pedem aumento nos Vales Refeição e Alimentação, reajustado com base em perdas acumuladas provocadas pela inflação; uma cota extra no Vale Alimentação do feriado de Natal (cortado há três anos, segundo a categoria), e a reintegração de funcionários que foram demitidos em 2020.
Camila Lisboa, presidente do sindicato, diz que os metroviários estão abertos para negociar com o governo, mas diz que a gestão Tarcísio tem sido inflexível quanto a atender as demandas dos funcionários. "Atender nossa reivindicação seria uma sinalização de que o governador se preocupa com o povo que pega o Metrô lotado todo dia", disse Camila.