Brasil

Mercados de SP terão novo modelo de sacolinhas em fevereiro

De cor verde, com tamanho maior e biodegradáveis, elas também serão utilizadas para o descarte do lixo reciclável na capital paulista


	Sacolas plásticas: o consumidor não vai poder utilizar as sacolas padronizadas para o descarte de lixo orgânico
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Sacolas plásticas: o consumidor não vai poder utilizar as sacolas padronizadas para o descarte de lixo orgânico (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 12h58.

São Paulo - A partir do dia 5 de fevereiro, os mercados de São Paulo não poderão mais fornecer a sacola tradicional para carregar as compras. A Prefeitura apresentou na manhã desta quarta-feira, 7, o novo modelo das embalagens.

De cor verde, com tamanho maior e biodegradáveis, elas também serão utilizadas para o descarte do lixo reciclável na capital paulista.

A medida é uma solução para o cumprimento da lei de 2011 que proíbe o uso de sacolas plásticas no setor supermercadistas. De acordo com o prefeito Fernando Haddad (PT), as novas embalagens deverão ser usadas para a destinação do lixo encaminhado para a coleta seletiva das centrais mecanizadas do município.

Atualmente, a cidade conta com duas centrais, as primeiras da América Latina, que têm capacidade para separar cerca de 18% do lixo seco. A meta da gestão Haddad é que, até 2016, a capacidade atinja 25%.

Nas sacolas padronizadas, o consumidor não vai poder utilizar para o descarte de lixo orgânico, que é encaminhado para os aterros. A orientação é comprar outros tipos de embalagem, como sacos de lixo e sacolas biodegradáveis.

"O nosso principal desafio é aumentar a seleção do lixo. E, para que esse processo dê certo, precisamos contar com a adaptação da população", disse o prefeito. "Não queremos contaminar a reciclagem do lixo seco com a triagem do lixo orgânico. E esse novo processo vai nos ajudar nesse trabalho", complementou.

Após o período de adaptação, de um mês, as redes de supermercados que descumprirem a norma ou os consumidores que realizarem o descarte com as embalagens erradas serão multados pela Prefeitura. O valor ainda não está definido.

Lei

Em outubro do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que é legal a lei 15.234 que proíbe o uso de sacolinhas plásticas em supermercados da capital paulista.

Há três anos, o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast) entrou com uma ação na justiça para suspender a lei. Na época, o Sindiplast conseguiu uma liminar que autorizava a comercialização do produto.

Com a decisão de outubro de 2014, a Prefeitura, a indústria plástica e o setor de supermercados entraram em negociação para criar um modelo que pudesse ser utilizada pelo comércio.

"Chegamos a um modelo que é bom para todo mundo. A lei permite as sacolas que sejam recicladas. Com isso, os supermercados ainda podem oferecer o produto e a Prefeitura consegue resolver um problema de descarte correto do lixo", afirmou Haddad.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasLixoMetrópoles globaisReciclagemSacolas plásticassao-paulo

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo