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Mensalão não deve ter uso político, diz Carvalho

Secretaria-Geral da Presidência disse que os adversários do governo que fizerem uso político do julgamento do mensalão não vão se dar bem no segundo turno das eleições

Ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 11h41.

Brasília - Um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que os adversários do governo que fizerem uso político do julgamento do mensalão não vão se dar bem no segundo turno das eleições.

"A única coisa que posso dizer é que aqueles que têm apostado no uso político de fatos como esse nunca se deram bem. Quem na eleição passada tentou usar temas morais para fazer campanha não se deu bem, o primeiro turno registrou a vitória das forças progressistas do País, acho que isso tem de ser comemorado, então quem for inteligente não vai tentar fazer esse uso", disse Carvalho, após participar de seminário no Palácio do Planalto.

"Se o fizer, a população tem muita sabedoria pra julgar e entender que o que vale é a prática de um projeto que está mudando o País, diminuindo a pobreza, que recolocou o Brasil numa outra dimensão, e esse projeto ao ser levado pras prefeituras também tem dado muito certo", afirmou. "Não aconselho as pessoas que querem fazer esse uso que o façam porque, graças a Deus, a população brasileira tem muito bom senso, e sabe distinguir perfeitamente o que é uma coisa e o que é outra coisa, e cuida muito do seu futuro, da sua família, da sua cidade. Estamos bastante tranquilos quanto a isso."

A campanha do tucano José Serra à Prefeitura de São Paulo deve voltar a explorar o julgamento do mensalão na propaganda eleitoral. A tática foi usada no primeiro turno e deverá ser reforçada agora, após a condenação de quadros emblemáticos do PT, como José Dirceu e José Genoino.

Sobre a demissão de Genoino do cargo de assessor do Ministério da Defesa, Carvalho disse que é uma "perda bastante grande e que dói muito para todos nós". "Essa questão de Genoino é acima de tudo para nós uma perda de um colaborador que durante a gestão do ministro (Nelson) Jobim prestou uma colaboração extraordinária, o ministro Jobim reconheceu isso, tanto que o recomendou ao ministro Celso Amorim. O ministro Celso Amorim também o tinha em alta conta, o Genoino foi fundamental, importantíssimo no diálogo com as Forças Armadas. Efetivamente não podemos deixar de registrar que é uma perda bastante grande e que dói muito para todos nós", comentou.

De acordo com Carvalho, os ministros do governo vão continuar cuidadosos no engajamento da campanha no segundo turno, fazendo campanhas fora do horário do expediente.

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