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Megaoperação contra golpes cibernéticos: grupo tinha 540 sites falsos de leilão de carros

O grupo já operava com o esquema há pelo menos cinco anos, que causou prejuízos estimados em R$ 470 mil às vítimas

queO esquema falso de leilão de carros causou prejuízos estimados em R$ 470 mil às vítimas (Eudoxio/Wikimedia Commons)

Publicado em 25 de abril de 2024 às 10h53.

Última atualização em 25 de abril de 2024 às 11h46.

As polícias civis do Distrito Federal e de São Paulo deflagraram uma megaoperação nesta quinta-feira, 25, para desarticular uma organização criminosa especializada em golpes cibernéticos.O grupo já operava com ogolpe do falso site de leilão de carroshá pelo menos cinco anos–e tinha mais de 500 deles na internet.

Os criminosos escolhiam websites reais de empresas famosas no ramo de leilão de veículos e, então, os clonavam, criando outros idênticos. A única diferença, no entanto, era a extensão do endereço eletrônico– os sites verdadeiros possuem, ao fim do link, "com.br"; os falsos possuíam ".net".

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Depois de clonar os sites, os criminosos pagavam empresas de marketing digital para impulsionar os  endereços no Google.

Por isso os sites falsos eram os primeiros que apareciam na lista de resultados de uma busca.

O escritório dos criminosos era uma sala alugada num prédio comercial de Santo André, que foi alvo das buscas de hoje.Segundo os investigadores, o esquema criou 540 domínios falsos, centenas de vítimas espalhadas por todo o país e prejuízos estimados em R$ 470 mil às vítimas.

Em nota divulgada à imprensa, o delegado Eric Sallum afirmou que a operação resultou na derrubada de todos os sites alvos da investigação; no bloqueio das contas bancárias dos investigados para recuperar os valores das vítimas e evitar novos golpes; na apreensão de veículos e bens de valores, e no indiciamento dos criminosos, desde "os que exerciam funções consideradas mais simples, até os mentores intelectuais do esquema".

Os investigados irão responder aos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e dezenas de fraudes eletrônicas. As penas somadas podem alcançar mais de 30 anos de prisão.

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