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Me associar a episódio de militar com cocaína é brincadeira, diz Bolsonaro

"Na primeira viagem nossa ele deu azar, 'créu'. É melhor 'Jair' se acostumando, porque conosco é assim", disse apesar da prisão ter sido feita pela Espanha

Jair Bolsonaro: presidente fez live durante viagem ao Japão (Facebook Jair Bolsonaro/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2019 às 20h37.

Última atualização em 28 de junho de 2019 às 12h01.

O presidente Jair Bolsonaro classificou nesta quinta-feira (27) como uma "brincadeira" a ideia de associá-lo ao episódio em que um sargento da Aeronáutica foi preso na Espanha na terça-feira (25) por transportar 39 quilos de cocaína em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que servia de apoio à viagem de Bolsonaro ao Japão, onde participa da reunião do G20.

"Me associar ao episódio de ontem é brincadeira. Não vou nem responder esse negócio aí, tá ok?", disse o presidente durante sua transmissão semanal ao vivo em uma rede social.

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"(O sargento) vai pagar um preço alto. A investigação está aberta e toda colaboração com a polícia espanhola. E quero agradecer o governo espanhol publicamente porque deteve o elemento e não deteve a tripulação", acrescentou.

"Esse elemento, se for preso no Brasil, vai pegar 30 anos de cadeia", disse. "Se fosse na Indonésia, pegaria pena de morte", afirmou depois.

A FAB impôs sigilo na investigação e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que as Força Armadas não admitem "criminosos entre nós".

"Na primeira viagem nossa ele deu azar, 'créu'. É melhor 'Jair' se acostumando, porque conosco é assim", afirmou o presidente apesar do sargento ter sido preso no aeroporto de Sevilha.

Ele fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem do presidente a Tóquio e a Guarda Civil espanhola informou que foram encontrados 39 kg de cocaína com o sargento, escondidos numa maleta e divididos em pacotes.

O sargento, de 38 anos, foi preso em flagrante e permanece detido no prédio da Guarda Civil, enquanto que os demais passageiros do avião seguiram a viagem para Tóquio.

O avião em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, a comitiva da qual o sargento fazia parte não estava no mesmo avião que transportou Bolsonaro de Brasília para o país asiático na noite de terça-feira.

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