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MDB e PSDB devem ser adversários em ao menos 16 Estados

Apesar da retomada das negociações no plano federal, os dois partidos devem se colocar em campos opostos em alguns estados

Eleições 2018: as disputas locais têm sido colocadas como um complicador na formação de chapa única no pleito presidencial (Divulgação/Divulgação)

Eleições 2018: as disputas locais têm sido colocadas como um complicador na formação de chapa única no pleito presidencial (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de maio de 2018 às 10h13.

Brasília - A formação de uma eventual chapa entre PSDB e MDB para a eleição presidencial seria uma parceria replicada em poucos Estados em campanhas para governador. Apesar da retomada das negociações no plano federal, que envolveriam o tucano Geraldo Alckmin como candidato ao Palácio do Planalto e o emedebista Henrique Meirelles como possível vice, os dois partidos devem se colocar em campos opostos em pelo 16 unidades da Federação.

Até o momento, em apenas três Estados ensaia-se um projeto único entre as duas siglas, e em outros oito a situação é incerta. Levantamento do Estadão/Broadcast feito nas pré-candidaturas estaduais de MDB e PSDB aponta que, das 16 unidades em que os dois partidos devem estar em palanques diferentes, em quatro delas tucanos e emedebistas deve ter candidato para liderar a chapa - Maranhão, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Nas outras 12, serão coadjuvantes em chapas distintas. São elas: Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.

As duas siglas estariam juntas no Acre, no Rio de Janeiro e em Tocantins. Neste último Estado, o candidato tucano deve ser o senador Ataídes Oliveira, que já conta com o apoio do MBD após a Justiça Eleitoral cassar o mandato do governador, Marcelo Miranda (MDB-TO).

No Rio, emedebistas e tucanos devem apoiar a candidatura do ex-prefeito da capital Eduardo Paes, que se filiou ao DEM para disputar o cargo de governador. Já o Acre poderá ter os dois partidos apoiando a candidatura do senador Gladson Cameli (PP-AC) ao governo.

Negociação

As disputas locais têm sido colocadas como um complicador na formação de chapa única no pleito presidencial. Na semana passada, o Estado mostrou que o PSDB admite negociar aliança eleitoral com o MDB do presidente Michel Temer. Alckmin sinalizou ao partido que está disposto a defender pontos do legado econômico do governo que sejam compatíveis com o programa de governo tucano. A discussão conta com o esforço do ex-prefeito João Dória (PSDB), que tem conversado com Temer sobre o assunto.

Quarto maior colégio eleitoral do País, a Bahia é um símbolo das divergências entre tucanos e emedebistas. Há algumas semanas, PSDB e MDB indicavam apoiar a candidatura do prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), ao governo. ACM Neto, no entanto, desistiu da candidatura e o cenário se embaralhou.

Agora o PSDB quer lançar o deputado federal João Gualberto para enfrentar o atual governador Rui Costa (PT-BA). O tucano, no entanto, rejeita aliança com o MDB baiano, comandado pelos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, ambos investigados na Lava Jato. Geddel está preso em Brasília.

Em Minas Gerais, a situação é ainda mais complicada. O MDB estava próximo do governador Fernando Pimentel (PT), que vai tentar a reeleição, mas o partido rachou. Uma ala, liderada pelo atual vice-governador e presidente regional do partido, Toninho Andrade, passou a defender candidatura própria. Já os tucanos indicavam apoio a Rodrigo Pacheco (DEM), mas, agora, decidiram lançar a pré-candidatura do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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