MDB apresenta Meirelles. O desafio é sair do 1%
O senador Renan Calheiros disse em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, que o partido está prestes a “abraçar candidatura inviável"
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Henrique Meirelles: o candidato preferia a ausência de Temer na convenção, segundo a VEJA (Andressa Anholete/Getty Images)
Publicado em 2 de agosto de 2018 às, 06h38.
Última atualização em 2 de agosto de 2018 às, 07h18.
Da turma dos sem vice, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) será apresentado nesta quinta-feira como candidato à Presidência da República em Convenção Nacional de seu partido. Não bastasse o isolamento, o evento em Brasília conta com o maior passivo eleitoral de 2018: a presença do presidente Michel Temer.
Se não é um padrinho vistoso para o eleitorado, com aprovação rastejante de 4% nas pesquisas de opinião, Temer ao menos se esforça para impulsionar o pupilo dentro do partido. Nesta semana, o presidente escreveu um texto de apoio e enviou aos correligionários pelo WhatsApp. “Não precisamos de salvadores da pátria, inventores da roda. Precisamos de alguém experiente que saiba o que fazer. E o Meirelles sabe. Já provou isso”, disse Temer.
Por melhor que pareça a intenção do presidente, o ex-ministro preferia sua ausência no lançamento, como reporta o blog do Noblat, da revista VEJA. Para driblar a rejeição colada a Temer, Meirelles continuará com a estratégia de lustrar seus feitos na Fazenda, no comando do Banco Central e na carreira como economista na iniciativa privada. Em vídeo promocional, haverá sua biografia e depoimentos de aliados.
Vale tudo para mudar a imagem do ex-ministro e tentar tirá-lo de 1% das intenções de voto. “Vamos mostrar que Meirelles não é o resultado do governo Temer. Quem inventou o Meirelles na área econômica não foi o Temer. Foi o Lula”, afirmou o presidente do partido e um dos fiéis escudeiros do presidente, senador Romero Jucá (MDB-RR).
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A candidatura que não decola está longe de ser unanimidade no partido. Em artigo publicado nesta quinta-feira no jornal Folha de S. Paulo, o senador Renan Calheiros afirma que o partido está prestes a “abraçar uma candidatura inviável, que nos rebaixará, dificultando a eleição de governadores, senadores, deputados federais e estaduais”.
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