Marta Suplicy tenta ganhar confiança de estrangeiros na Copa
"O Brasil quer mostrar que está além do futebol e do carnaval", declarou a ministra da Cultura, em Paris, onde vai ser inaugurada a exposição "Guerra e Paz"
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 15h31.
O Brasil estará pronto para receber o Mundial, apesar dos comentários cáusticos da Fifa, garantiu nesta terça-feira a ministra da Cultura, Marta Suplicy , que convidou os torcedores a "amarem o Brasil" em toda a sua diversidade, para além do futebol.
"O Brasil quer mostrar que está além do futebol e do carnaval", declarou a ministra em entrevista à AFP em Paris, onde vai ser inaugurada na quarta-feira a exposição de "Guerra e Paz", obra do pintor Candido Portinari emprestada pela ONU para ser vista pelo público no Grand Palais.
A ideia de levar esta monumental obra, composta de dois painéis pintados de 14 metros de altura por 10 de comprimento cada um, faz parte da estratégia do Brasil para aproveitar o interesse gerado pela Copa .
"É uma oportunidade de ouro para o Brasil, para mostrar sua diversidade cultural", declarou. "As pessoas conhecem bem o samba e as praias, mas não tanto o artesanato brasileiro, ou a música para além da bossa nova, a dança e a literatura".
E o Mundial, que será disputado de 12 de junho a 13 de julho, também permitirá mostrar o Brasil aos próprios brasileiros. "Os brasileiros do norte não conhecem a música ou as danças do sul do Brasil", disse.
Em 2007, quando era ministra do Turismo do então presidente Lula, Suplicy - psicóloga de formação e especializada em sexologia -, tornou-se famosa ao pedir para os brasileiros "relaxarem e gozarem" em meio ao caos nos aeroportos.
Em um momento de desconfiança internacional em torno do êxito da Copa do Mundo de 2014, Suplicy recomendou que os visitantes abracem o país em sua diversidade: "Venham amar o Brasil!", lançou.
Segundo a ministra, "os líderes da Fifa cumprem sua função, que é ter exigências e fazer observações às vezes cáusticas".
"Mas vamos fornecer tudo, e tudo ficará bem", disse a ex-prefeita de São Paulo, procurando passar confiança, mesmo diante dos atrasos em diversas obras a pouco mais de um mês da partida de abertura.
Marta Suplicy provocou recentemente uma pequena tempestade no Partido dos Trabalhadores (PT) ao pedir que seus integrantes refletissem sobre a possibilidade de Lula ser o candidato nas eleições de outubro. Mas em Paris a ministra de Dilma Rousseff se negou a falar sobre o tema. "Não quero falar de política", declarou.
"Estamos em tempos de futebol e, para nós, o 'timing' desta exposição é perfeito", disse. Segundo Suplicy, a obra de Portinari (1903-1962), "o maior pintor do Brasil", é de alcance universal e seu apelo à paz "fala a todas as gerações". "No século XXI seguimos na guerra, uma guerra diferente, mas continua sendo a guerra", declarou a ministra de 69 anos.
Pintado entre 1952 e 1956, o painel "Guerra e Paz" decora a entrada da sede da ONU em Nova York, atualmente em obras de reforma, o que permitiu exibi-lo no Brasil entre 2010 e 2013 e apresentá-lo até o dia 9 de junho em Paris, última oportunidade para que seja visto antes que retorne às Nações Unidas.
"Esteve por 50 anos na ONU, e talvez seja preciso esperar outros 50 para vê-lo em outro lugar", comentou Suplicy, acrescentando que "apenas o Grand Palais" era possível como lugar de exibição "devido à altura da obra, mas também por sua importância para o Brasil".
O Brasil estará pronto para receber o Mundial, apesar dos comentários cáusticos da Fifa, garantiu nesta terça-feira a ministra da Cultura, Marta Suplicy , que convidou os torcedores a "amarem o Brasil" em toda a sua diversidade, para além do futebol.
"O Brasil quer mostrar que está além do futebol e do carnaval", declarou a ministra em entrevista à AFP em Paris, onde vai ser inaugurada na quarta-feira a exposição de "Guerra e Paz", obra do pintor Candido Portinari emprestada pela ONU para ser vista pelo público no Grand Palais.
A ideia de levar esta monumental obra, composta de dois painéis pintados de 14 metros de altura por 10 de comprimento cada um, faz parte da estratégia do Brasil para aproveitar o interesse gerado pela Copa .
"É uma oportunidade de ouro para o Brasil, para mostrar sua diversidade cultural", declarou. "As pessoas conhecem bem o samba e as praias, mas não tanto o artesanato brasileiro, ou a música para além da bossa nova, a dança e a literatura".
E o Mundial, que será disputado de 12 de junho a 13 de julho, também permitirá mostrar o Brasil aos próprios brasileiros. "Os brasileiros do norte não conhecem a música ou as danças do sul do Brasil", disse.
Em 2007, quando era ministra do Turismo do então presidente Lula, Suplicy - psicóloga de formação e especializada em sexologia -, tornou-se famosa ao pedir para os brasileiros "relaxarem e gozarem" em meio ao caos nos aeroportos.
Em um momento de desconfiança internacional em torno do êxito da Copa do Mundo de 2014, Suplicy recomendou que os visitantes abracem o país em sua diversidade: "Venham amar o Brasil!", lançou.
Segundo a ministra, "os líderes da Fifa cumprem sua função, que é ter exigências e fazer observações às vezes cáusticas".
"Mas vamos fornecer tudo, e tudo ficará bem", disse a ex-prefeita de São Paulo, procurando passar confiança, mesmo diante dos atrasos em diversas obras a pouco mais de um mês da partida de abertura.
Marta Suplicy provocou recentemente uma pequena tempestade no Partido dos Trabalhadores (PT) ao pedir que seus integrantes refletissem sobre a possibilidade de Lula ser o candidato nas eleições de outubro. Mas em Paris a ministra de Dilma Rousseff se negou a falar sobre o tema. "Não quero falar de política", declarou.
"Estamos em tempos de futebol e, para nós, o 'timing' desta exposição é perfeito", disse. Segundo Suplicy, a obra de Portinari (1903-1962), "o maior pintor do Brasil", é de alcance universal e seu apelo à paz "fala a todas as gerações". "No século XXI seguimos na guerra, uma guerra diferente, mas continua sendo a guerra", declarou a ministra de 69 anos.
Pintado entre 1952 e 1956, o painel "Guerra e Paz" decora a entrada da sede da ONU em Nova York, atualmente em obras de reforma, o que permitiu exibi-lo no Brasil entre 2010 e 2013 e apresentá-lo até o dia 9 de junho em Paris, última oportunidade para que seja visto antes que retorne às Nações Unidas.
"Esteve por 50 anos na ONU, e talvez seja preciso esperar outros 50 para vê-lo em outro lugar", comentou Suplicy, acrescentando que "apenas o Grand Palais" era possível como lugar de exibição "devido à altura da obra, mas também por sua importância para o Brasil".