Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Ministro italiano criticou o presidente francês, após críticas à política migratória propostas à UE
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2018 às 07h17.
Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 07h42.
Marina no JN
A candidata Marina Silva (Rede) foi sabatinada ontem, durante o Jornal Nacional, da rede Globo. Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos a entrevistaram durante 27 minutos, completando à série de de quatro entrevistas com os presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de votos. Antes de Marina, Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) passaram pela bancada do telejornal. Lula, por estar preso, não entrou no rol de entrevistas. Marina foi cobrada por sua aliança histórica com o PT e pela debandada de políticos de seu partido, a Rede. “Dilma e Temer são farinha do mesmo saco. São angu do mesmo caroço. A gente defendia a cassação da chapa deles”. Também alfinetou os partidos da esquerda tradicional, por onde ela já andou no passado: “Neles, quem sai vira inimigo. Na Rede, não”, disse.
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Supremo autoriza terceirização
O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a terceirização de atividades-fim das empresas, liberando a adoção dessa medida pelas companhias. Assim, todas as atividades de uma empresa podem ser terceirizadas. As ações corriam em julgamento desde março do ano passado, após terem sido aprovadas pelo presidente Michel Temer, mas proibidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. O entendimento era que as empresas só podem terceirizar atividades que não têm relação com sua função principal. Dessa forma, uma escola não poderia terceirizar professores, por exemplo. Votaram a favor os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, relatores do caso, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Já os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello votaram contra a medida.
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Mais austeridade
O governo da Argentina anunciou, nesta quinta-feira (30), que está buscando maneiras de acelerar uma redução de seu déficit fiscal e conter os riscos financeiros. Como plano para conter o colapso de sua moeda, o Banco Central argentino anunciou que elevou sua taxa de juros para 60%, de 45%, e que aumentou em cinco pontos percentuais a taxa de compulsório para bancos privados. Em um comunicado, a instituição afirmou que as medidas são uma resposta à conjuntura cambial atual e ante o risco de que implique em um impacto maior sobre a inflação doméstica. A Argentina atravessa uma forte crise financeira e acertou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo de 50 bilhões de dólares, pelo qual o governo se compromete a reduzir seu déficit a 1,3% do Produto Interno Bruto em 2019. Ontem, o presidente argentino Mauricio Macri anunciou que tinha acordado um adiantamento de recursos com o FMI para garantir o financiamento do país, em meio a temores de uma potencial interrupção dos pagamentos da dívida.
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Pouco aprendizado
Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), termômetro da educação básica oferecida na rede pública, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que cerca de 70% dos estudantes que concluíram o ensino médio no país apresentaram resultados considerados insuficientes em matemática. A mesma porcentagem não aprendeu nem mesmo o considerado básico em português. Em português, os estudantes alcançaram, em média, 268 pontos, o que coloca o país no nível 2, em uma escala que vai de 0 a 8. Até o nível 3, o aprendizado é considerado insuficiente pelo MEC. Na prática, isso significa que os brasileiros deixam a escola provavelmente sem conseguir reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a informação principal em uma reportagem. Em matemática, os estudantes alcançaram, em média, 270 pontos, o que coloca o país no nível 2, de uma escala que vai de 0 a 10, e segue a mesma classificação em língua portuguesa. A maior parte dos estudantes do país não é capaz, por exemplo, de resolver problemas utilizando soma, subtração, multiplicação e divisão.
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Quatro meses, e nada
Segundo coluna do Estadão, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso publique logo o acórdão do julgamento que aceitou a denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O julgamento, no qual a Primeira Turma aceitou, por unanimidade, a denúncia de corrupção contra o tucano, foi no dia 17 de abril. A publicação do acórdão é necessária para que a PGR possa dar andamento ao processo e iniciar as investigações de fato. Somente depois da publicação do documento, a defesa de Aécio pode apresentar recurso. Em sua manifestação, Dodge destaca que já se passaram quatro meses do julgamento. Aécio, réu por corrupção e obstrução de Justiça, é candidato à Câmara dos Deputados.
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Na pesquisa pode
O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou um pedido que queria vetar pesquisas eleitorais com o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato pelo PT. A informação é do Estadão. O pedido foi apresentado pelo Instituto Democracia e Liberdade e visava fazer com que o TSE editasse uma norma para proibir a divulgação, direta ou indireta, de pesquisas de opinião que incluam o nome do ex-presidente ou de candidatos em situação semelhante. Na decisão, Vieira destaca que uma resolução do TSE prevê que, nas pesquisas, devem constar “os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido”.
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Dólar = Argentina + BC
A disparada do dólar acima de 4,20 reais nesta quinta-feira obrigou o Banco Central a atuar extraordinariamente no mercado de câmbio, o que aliviou a pressão de alta, mas não impediu que a moeda norte-americana renovasse a segunda maior cotação do Plano Real. Uma combinação de cautela com a cena eleitoral e preocupações com a situação da Argentina puxaram a moeda norte-americana em uma sessão altamente volátil: na máxima, a moeda foi a 4,2155 reais, com quase 2,50% de valorização e, na mínima, chegou a 4,1197 reais. O dólar avançou 0,78%, a 4,1463 reais na venda. O dólar futuro avançava 0,85 por cento.
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“Hipócrita falastrão”?
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, chamou o presidente da França, Emmanuel Macron, de “hipócrita e falastrão”, em uma crítica à política migratória proposta por Macron à União Europeia. Em entrevista à rádio Padova, Salvini afirmou que Macron, que “faz papel de bonzinho”, teria rejeitado mais de 40.000 migrantes na fronteira com a Itália, no ano passado. Desde que tomou posse, em junho, Salvini tem acusado e criticado o governo de Macron, que por sua vez também critica a postura nacionalista e anti-imigratória do novo governo italiano. A crítica ocorre no mesmo dia em que a Alta Representante para Política Externa e Segurança da União Europeia, Federia Mogherini, rechaçou a proposta do governo da Hungria de iniciar um controle dos fluxos migratórios no bloco europeu. Hungria, Itália e Áustria têm se colocado cada vez mais contra a política migratória do continente, e proposto mais políticas conservadoras. Além de rejeitar a proposta húngara, Federica também confirmou o pedido do governo italiano de se retirar da Operação Sofia – criada em 2015 com o objetivo de desmantelar o tráfico de imigrantes pelo Mar Mediterrâneo -, e afirmou que fará de “tudo” para impedir o desmantelamento da operação.
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Lançamento esperado
A gigante de tecnologia Apple anunciou o lançamento de sua mais nova linha de produtos. O lançamento está agendado para 12 de setembro no Steve Jobs Theater, no campus de Cupertino, na Califórnia. A Apple está se preparando para lançar três novos smartphones este ano, incluindo o maior iPhone de todos os tempos, um aparelho que pode ter uma tela maior do que o principal celular da rival Samsung, informou a agência de notícias Bloomberg, em fevereiro. As ações das empresa subiam um pouco mais de 2% nesta quinta-feira, para o nível recorde intradia de 227,85 dólares.