Marina não quer compromisso "da boca para fora" de Aécio
Ex-senadora quer que o tucano assuma compromissos com a sociedade sobre pontos específicos do seu programa de governo
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2014 às 13h27.
Brasília - O apoio da candidata derrotada do PSB à Presidência, Marina Silva , ao candidato Aécio Neves ( PSDB ) pode demorar dias e ela não aceitará compromissos da "boca para fora" do tucano em troca do seu apoio.
"Não adianta ter pressa, a pressa não é nossa", disse à Reuters uma fonte próxima a Marina, sob condição de anonimato.
"Ele (Aécio) é que tem que convencer o eleitor e a Marina, que é uma eleitora em última instância", afirmou a fonte.
Marina havia anunciado que nesta quinta-feira participaria de reunião da coligação em Brasília para definir posicionamento sobre o segundo turno, mas decidiu aguardar uma resposta do tucano a suas propostas antes de se manifestar.
Dos partidos da coligação, formada por PSB, PPS, PPL, PHS, PRP, PSL, o PSB e o PPS anunciaram antes do encontro o apoio a Aécio.
A ex-senadora quer, no entanto, que o tucano assuma compromissos com a sociedade sobre pontos específicos do seu programa de governo e que são diferentes das propostas do PSDB.
"Ele tem que assumir o compromisso, por exemplo, que não vai repassar responsabilidade sobre demarcação de terras indígenas para o Congresso, que isso vai continuar com o Executivo. Mas tem que ir lá assumir esse compromisso com os movimentos indígenas", disse a fonte.
"Ele tem que assumir o compromisso com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) de colocar uma meta para assentamentos", acrescentou.
"Ele vai ter que assumir compromisso com os setores da sociedade de que não vai defender a redução da maioridade penal", acrescentou a fonte, listando pelo menos três pontos do capítulo de direitos humanos do programa de governo de Marina, que são bem diferentes das posições do PSDB.
Nessa questão da maioridade penal, o candidato defende uma mudança legal para que em casos de reincidência e para crimes hediondos, cometidos por jovens de 16 e 17 anos, possam ser ouvidos pela Promotoria e o Juizado da Infância e do Adolescente para analisar se é o caso do jovem ser julgado de acordo com o Código Penal.
Segundo essa fonte, somente depois de um posicionamento de Aécio sobre esses e outros temas que serão definidos pelos partidos da aliança de Marina é que ela manifestará seu apoio. "Ele é que vai definir se o apoio de Marina é importante ou não", acrescentou a fonte.
Um pouco antes da reunião, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que era candidato a vice-presidente de Marina, havia confirmado que Marina só se pronunciará, depois que Aécio se manifestar sobre as questões programáticas.
"Ela quer se pronunciar a partir do momento em que a coligação do Aécio disser concordar ou não com os pontos programáticos que nós vamos oferecer", disse a jornalistas.
"O PSB já decidiu, vota em Aécio Neves e apresentará ao longo do dia de hoje (quinta) à coordenação de programa de Aécio quais são os itens programáticos que nós achamos imprescindíveis constarem da campanha de segundo turno de Aécio", acrescentou Albuquerque.
Brasília - O apoio da candidata derrotada do PSB à Presidência, Marina Silva , ao candidato Aécio Neves ( PSDB ) pode demorar dias e ela não aceitará compromissos da "boca para fora" do tucano em troca do seu apoio.
"Não adianta ter pressa, a pressa não é nossa", disse à Reuters uma fonte próxima a Marina, sob condição de anonimato.
"Ele (Aécio) é que tem que convencer o eleitor e a Marina, que é uma eleitora em última instância", afirmou a fonte.
Marina havia anunciado que nesta quinta-feira participaria de reunião da coligação em Brasília para definir posicionamento sobre o segundo turno, mas decidiu aguardar uma resposta do tucano a suas propostas antes de se manifestar.
Dos partidos da coligação, formada por PSB, PPS, PPL, PHS, PRP, PSL, o PSB e o PPS anunciaram antes do encontro o apoio a Aécio.
A ex-senadora quer, no entanto, que o tucano assuma compromissos com a sociedade sobre pontos específicos do seu programa de governo e que são diferentes das propostas do PSDB.
"Ele tem que assumir o compromisso, por exemplo, que não vai repassar responsabilidade sobre demarcação de terras indígenas para o Congresso, que isso vai continuar com o Executivo. Mas tem que ir lá assumir esse compromisso com os movimentos indígenas", disse a fonte.
"Ele tem que assumir o compromisso com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) de colocar uma meta para assentamentos", acrescentou.
"Ele vai ter que assumir compromisso com os setores da sociedade de que não vai defender a redução da maioridade penal", acrescentou a fonte, listando pelo menos três pontos do capítulo de direitos humanos do programa de governo de Marina, que são bem diferentes das posições do PSDB.
Nessa questão da maioridade penal, o candidato defende uma mudança legal para que em casos de reincidência e para crimes hediondos, cometidos por jovens de 16 e 17 anos, possam ser ouvidos pela Promotoria e o Juizado da Infância e do Adolescente para analisar se é o caso do jovem ser julgado de acordo com o Código Penal.
Segundo essa fonte, somente depois de um posicionamento de Aécio sobre esses e outros temas que serão definidos pelos partidos da aliança de Marina é que ela manifestará seu apoio. "Ele é que vai definir se o apoio de Marina é importante ou não", acrescentou a fonte.
Um pouco antes da reunião, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que era candidato a vice-presidente de Marina, havia confirmado que Marina só se pronunciará, depois que Aécio se manifestar sobre as questões programáticas.
"Ela quer se pronunciar a partir do momento em que a coligação do Aécio disser concordar ou não com os pontos programáticos que nós vamos oferecer", disse a jornalistas.
"O PSB já decidiu, vota em Aécio Neves e apresentará ao longo do dia de hoje (quinta) à coordenação de programa de Aécio quais são os itens programáticos que nós achamos imprescindíveis constarem da campanha de segundo turno de Aécio", acrescentou Albuquerque.