José Maria Marin, presidente da CBF, já foi governador biônico no estado de São Paulo (Rafael Ribeiro/CBF)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2012 às 14h12.
Rio de Janeiro - Novo presidente da CBF, José Maria Marín afirmou nesta segunda-feira, no Rio, onde oficializou a saída definitiva de Ricardo Teixeira do cargo, que apenas dará continuidade ao trabalho do seu antecessor na entidade que comanda o futebol brasileiro. O dirigente de 79 anos ressaltou que não iniciará um novo modelo de administração e pregou que lutará para prosseguir o atual.
"Imediatamente (ao assumir o seu novo posto) mencionei a todos eles (presidentes de federações estaduais e outros dirigentes) que não se trata de uma nova gestão, é uma continuidade do estupendo trabalho que Teixeira vinha fazendo", afirmou Marín, em entrevista na sede da CBF, na qual por certos momentos ele se mostrou exaltado.
Dentro desta sua proposta, Marín afirmou que insistiu a todos os diretores da CBF que continuem em seus cargos, apesar da saída definitiva de Teixeira do comando. "Não há uma nova administração, não existe um novo projeto. O que existe é a continuidade", repetiu o novo mandatário, que ainda cobrou reverência a Teixeira e João Havelange, ex-presidente da Fifa e um dos grandes nomes da história do futebol enquanto dirigente. "Ainda aguardo não só a gratidão, mas o respeito a essas figuras", enfatizou.
Na entrevista coletiva, Marín ainda revelou que já iniciou o processo de alteração societária para assumir o lugar de Teixeira também na presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. Como este processo junto à Fifa é semelhante ao que existe em uma empresa, ele não pode assumir imediatamente essa outra função.
Gafe - Além de falar sobre como pretende dar continuidade ao trabalho de Teixeira, Marín protagonizou uma gafe ao falar justamente sobre o seu papel na organização do Mundial que será realizado no Brasil. "Vou assumir o COL ao lado de um grande ex-jogador, o Romário", disse o dirigente, antes de ser corrigido por Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, que o alertou que o certo é Ronaldo, e não o ex-atacante que foi o grande nome do tetracampeonato mundial de 1994. Ronaldo é membro do conselho de administração do COL.
Já ao ser questionado sobre a polêmica das medalhas durante a premiação do campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, em janeiro, Marín quase engasgou enquanto tomava um copo de água. Na época, o dirigente foi flagrado por imagens de TV nas quais ele apareceu colocando no bolso uma das medalhas destinadas ao time júnior do Corinthians. Ele, porém, negou que tenha roubado o objeto e garantiu que o mesmo foi um presente da Federação Paulista de Futebol.
"Considero esse assunto uma verdadeira piada, porque foi uma cortesia que recebi da Federação Paulista de Futebol e na frente de todo mundo", disse Marín, para depois pedir para Marco Polo del Nero, presidente da FPF, confirmar a história, fato que acabou ocorrendo. "Não houve nada escondido. Eu entreguei a medalha para ele, e ele a guardou", assegurou Del Nero.