Brasil

Marielle: Primeira Turma do STF forma maioria para manter prisão de suspeitos

Votaram pela manutenção da prisão, até o momento, o ministro Alexandre de Moraes, a ministra Cármen Lúcia, e o ministro Cristiano Zanin

A decisão confirma a determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF) (Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio/Reprodução)

A decisão confirma a determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF) (Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio/Reprodução)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 25 de março de 2024 às 07h38.

Última atualização em 25 de março de 2024 às 07h44.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para manter a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa. Chiquinho e Domingos foram apontados como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, enquanto Rivaldo teria atuado para acobertá-los. A decisão confirma a determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF).

Votaram pela manutenção da prisão, até o momento, o ministro Alexandre de Moraes, a ministra Cármen Lúcia, e o ministro Cristiano Zanin. O julgamento começou a meia noite desta segunda-feira e ainda faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Flávio Dino.

Como mostrou O Globo, os integrantes do colegiado devem confirmar por unanimidade a decisão de Alexandre de Moraes que determinou as prisões preventivas.

Mandados de prisão

Neste domingo, após decisão de Moraes, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão contra os três suspeitos. Os policiais chegaram aos mandantes após a delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, preso desde 2019 por ter sido o responsável pelos disparos que mataram Marielle e seu motorista, Anderson Gomes.

Segundo as investigações, a morte de Marielle foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Na época do crime, Chiquinho era vereador ao lado de Marielle. Ao determinar a prisão da dupla, o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, citou "fortes indícios de materialidade e autoria" dos irmãos Brazão.

Ainda segundo Moraes, a prisão dos três se fazia necessária diante dos fatos "inequivocamente demonstrados nos autos pelos fortes indícios de materialidade e autoria dos crimes". Por isso, o ministro determinou a medida "em face da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal".

Envolvimento de Ronnie Lessa

A operação Murder Inc. aconteceu menos de uma semana após o Supremo homologar a delação premiada firmada por Ronnie Lessa, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.

O ex-policial militar foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes e, na delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista.

Ele foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.

Acompanhe tudo sobre:Marielle FrancoSupremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de MoraesLuiz FuxCármen LúciaCristiano ZaninFlávio Dino

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais