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Maré positiva de bem-estar está com dias contados no Brasil

Entre 1993 a 2014, a qualidade de vida do brasileiro, de fato, melhorou. Mas, pela primeira vez em mais de 10 anos, índice de bem-estar do Brasil deve se retrair, aponta Itaú

Bem-estar: parcela dos brasileiros que trabalhava mais de 45 horas por semana caiu de 39% em 1992 para 25% em 2014 (Nadezhda1906/ThinkStock)

Valéria Bretas

Publicado em 8 de março de 2016 às 06h32.

São Paulo – O Brasil experimenta hoje a sua pior crise econômica desde os anos 1990, mas até (bem) pouco tempo atrás, o país surfavava na crista da onda do bem-estar social. A má notícia: a boa maré já passou.

Estudo recente do banco Itaú revela que entre 1993 e 2014 os índices de qualidade de vida melhoraram (e muito) no país.

Em 2014, por exemplo, a parcela dos brasileiros que trabalhava mais de 45 horas por semana chegou a 25,3%. Uma queda substancial em relação a 1992, quando 39,1% trabalhavam demais.Foi há pouco mais de um ano, lá no longínquo 2014, que o mercado nacional registrou sua menor taxa de desemprego e foi quando a desigualdade de renda entre os gêneros atingiu sua menor marca.

De acordo com o economista do Itaú Unibanco, Caio Megale, a diferença média dos salários pagos a homens e mulheres tem caído progressivamente desde 1995. “Na década de 1990, o salário pago às mulheres era equivalente a aproximadamente 50% do salário pago aos homens”, diz. “Essa diferença tem diminuído significativamente, chegando a 70,4% em 2014”.

Foi a combinação de avanços como esses que levaram a um consistente crescimento do Índice de Bem-Estar Social proposto pelo banco.

No entanto, essa progressão está com os dias contados.

Segundo projeção dos analistas do banco, o quadro deve mudar tão logo as primeiras análises sobre o ano de 2015 saiam do forno. Pela primeira vez em uma década, a expectativa é de que o índice sofra uma contração - queda explicada basicamente pelo fraco desempenho econômico.

A instituição ainda não tem uma previsão de quando lançará um novo estudo sobre o assunto. A seguir, você vê a progressão da qualidade de vida no Brasil até 2014.

Itaú para EXAME.com

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São Paulo – O Brasil experimenta hoje a sua pior crise econômica desde os anos 1990, mas até (bem) pouco tempo atrás, o país surfavava na crista da onda do bem-estar social. A má notícia: a boa maré já passou.

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Em 2014, por exemplo, a parcela dos brasileiros que trabalhava mais de 45 horas por semana chegou a 25,3%. Uma queda substancial em relação a 1992, quando 39,1% trabalhavam demais.Foi há pouco mais de um ano, lá no longínquo 2014, que o mercado nacional registrou sua menor taxa de desemprego e foi quando a desigualdade de renda entre os gêneros atingiu sua menor marca.

De acordo com o economista do Itaú Unibanco, Caio Megale, a diferença média dos salários pagos a homens e mulheres tem caído progressivamente desde 1995. “Na década de 1990, o salário pago às mulheres era equivalente a aproximadamente 50% do salário pago aos homens”, diz. “Essa diferença tem diminuído significativamente, chegando a 70,4% em 2014”.

Foi a combinação de avanços como esses que levaram a um consistente crescimento do Índice de Bem-Estar Social proposto pelo banco.

No entanto, essa progressão está com os dias contados.

Segundo projeção dos analistas do banco, o quadro deve mudar tão logo as primeiras análises sobre o ano de 2015 saiam do forno. Pela primeira vez em uma década, a expectativa é de que o índice sofra uma contração - queda explicada basicamente pelo fraco desempenho econômico.

A instituição ainda não tem uma previsão de quando lançará um novo estudo sobre o assunto. A seguir, você vê a progressão da qualidade de vida no Brasil até 2014.

Itaú para EXAME.com

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