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É preciso apurar vazamento de delação, diz ministro do STF

“Não consigo imaginar que parta do Ministério Público. Precisamos apurar, porque é algo que conflita com a lei regedora da colaboração premiada", diz Aurélio


	Marco Aurélio Mello: “não consigo imaginar que parta do Ministério Público. Precisamos apurar, porque é algo que conflita com a lei regedora da colaboração premiada"
 (José Cruz/ABr)

Marco Aurélio Mello: “não consigo imaginar que parta do Ministério Público. Precisamos apurar, porque é algo que conflita com a lei regedora da colaboração premiada" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 18h10.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (24) que é preciso apurar a questão do vazamento de informações de uma delação premiada do ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) cancelou nesta semana a negociação de um possível acordo de delação premiada com o ex-presidente da construtora.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, o motivo do cancelamento da negociação foi o vazamento de informações sobre a delação do empresário, em reportagem divulgada pela revista Veja, na edição desta semana.

“Não consigo imaginar que parta [o vazamento] do Ministério Público. Precisamos apurar, porque é algo que conflita com a lei regedora da colaboração premiada, e verificar como houve esse vazamento. Certamente o vazamento não partiu da revista Veja”, disse ao ser questionado por jornalistas sobre o tema antes da sessão desta tarde no STF.

Sobre as declarações feitas ontem (23) pelo também ministro da Corte Gilmar Mendes, Mello disse que respeita a opinião. “Eu, talvez não tenha dados que o ministro tem e eu respeito a opinião de cada qual”, disse. Marco Aurélio afirmou que é preciso pensar no fortalecimento das instituições.

“Os descompassos estão muito potencializados. É hora de pensarmos, acima de tudo, no fortalecimento das instituições. E me refiro não só à polícia, ao Ministério Público, como também ao judiciário”.

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