Major Olímpio rebate acusação de Alckmin e se diz surpreso
Em seu discurso, Alckmin disse que vai reajustar os servidores das polícias civil e militar. Segundo Olímpio, o salário inicial de um PM hoje é de R$ 2.900
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de setembro de 2017 às 17h27.
Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 21h28.
São Paulo - O deputado federal Major Olímpio (SD) negou que receba R$ 50 mil, como acusou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em resposta a um protesto feito pelo parlamentar, no interior paulista, em defesa de reajustes salariais dos agentes de segurança pública.
Olímpio disse ainda, que ficou "surpreso" com o tom do tucano ao microfone na cidade de São Carlos. "Alckmin mostrou o desespero dele e falta de argumento ao me chamar de marajá. E ainda usou meu bordão ao dizer 'vergonha'", acrescentou o deputado, que garante receber somente a aposentadoria de major da Polícia Militar (PM), de R$ 13 mil, além do salário de deputado federal.
Neste sábado, 16, durante cerimônia de entrega de viaturas para a PM em São Carlos, Alckmin fez um discurso exaltado após ser alvo do protesto de Olímpio - que usou um megafone para puxar palavras de ordem contra o governador e reivindicar aumento para policiais civis e militares.
Diante da intervenção, o tucano deixou de lado seu tradicional estilo contido. "Quem aqui ganha R$ 50 mil do povo de São Paulo? Você devia ter vergonha deputado. Vergonha! Ele que grita é que ganha R$ 50 mil do povo", gritou o governador ao microfone.
Em seu discurso, Alckmin disse que vai reajustar os servidores das polícias civil e militar. Segundo Olímpio, o salário inicial de um PM hoje é de R$ 2.900. "Faz quatro anos que não dão nem o aumento da revisão constitucional", disse o deputado.