Brasil

Major diz que “cenário era de guerra” em reitoria da USP

A PM encontrou sete coquetéis molotov, rojões, 5 litros de gasolina, além de pichações nas paredes do prédio desocupado nesta terça-feira

Em cerca de duas horas, a Polícia Militar cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse da área, que há uma semana era ocupada por estudantes (Wikimedia Commons)

Em cerca de duas horas, a Polícia Militar cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse da área, que há uma semana era ocupada por estudantes (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 11h26.

São Paulo - A Polícia Militar (PM) encontrou na reitoria da Universidade de São Paulo (USP), durante a reintegração de posse na manhã de hoje (8), sete coquetéis molotov, rojões, 5 litros de gasolina, além de pichações nas paredes. “Era um cenário de guerra”, resumiu o major Marcel Soffner, da comunicação da PM.

Em cerca de duas horas, a Polícia Militar (PM) cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse da área, que há uma semana era ocupada por estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas. Um grupo de 70 estudantes, dos quais 24 mulheres, foi levado em três ônibus da PM à 91ª Delegacia de Polícia, na Ceasa, zona oeste de São Paulo. As chaves da reitoria foram entregues a um oficial de Justiça pelo comando da PM.

Por volta das 5h20, aproximadamente 400 policiais do Batalhão de Choque tentaram retirar mais de 150 estudantes que estavam no local. Porém, 70 estudantes resistiram à retirada agredindo verbalmente os policiais. Os policiais reagiram tentando conter os alunos.

Ontem (7), os estudantes que estavam acampados na USP decidiram em assembleia manter a ocupação do prédio da reitoria.

A decisão foi tomada minutos antes do prazo dado pela Justiça para a desocupação do prédio sem o uso de força policial. A ordem para retirada dos universitários foi dada pela juíza Ana Paula Bandeira Lins.

Acompanhe tudo sobre:Ensino superiorFaculdades e universidadesPolítica no BrasilProtestosseguranca-digitalUSP

Mais de Brasil

Censo 2022: Rocinha volta a ser considerada a maior favela do Brasil

Censo 2022: favelas de São Paulo ganharam quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos

Pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas, indica Censo

Censo 2022: veja o ranking das 20 favelas mais populosas do Brasil