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Mais de 1 milhão se candidatam para testar vacina contra covid-19 em SP

Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa.

Vacina: Coronavac começou a ser testada na terça-feira passada em voluntários no Hospital da Clínicas (Governo de São Paulo/Divulgação)

Vacina: Coronavac começou a ser testada na terça-feira passada em voluntários no Hospital da Clínicas (Governo de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de julho de 2020 às 15h00.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 15h53.

Mais de 1 milhão de pessoas se candidataram para serem voluntárias nos testes da Coronavac, vacina chinesa que vem sendo testada no País desde a semana passada e que é fruto de uma parceria do Instituto Butantã e a empresa Sinovac Biotech. A informação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

A vacina começou a ser testada na terça-feira passada em voluntários no Hospital da Clínicas. E a partir desta quinta e sexta-feira, dias 30 e 31, a vacina passará a ser testada em outros quatro centros: Instituto Emílio Ribas, Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto da USP, Universidade Municipal de São Caetano do Sul e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa. Na capital paulista, participam do estudo também o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital Israelita Albert Einstein. Ainda no Estado de São Paulo, foram selecionadas a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, o Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), a Faculdade de Medicina de Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. O estudo também será conduzido em centros em Belo Horizonte (UFMG), Rio de Janeiro (Fiocruz) Brasília (UNB), Curitiba (UFPr) e Porto Alegre (PUC-RS).

Para participar do estudo, o candidato não pode ter contraído o novo coronavírus, nem ter participado de outros estudos. Mulheres não podem estar grávidas ou estarem planejando uma gravidez nos próximos três meses. Outra restrição é não ter doenças que precisem de medicações que alterem a resposta imune. Entre os recrutados, metade recebe duas doses do imunizante num intervalo de 14 dias e a outra metade recebe duas doses de placebo.

O governo estima que o estudo deverá ser concluído até setembro. Se os testes forem bem-sucedidos, a vacina pode começar a ser produzida no início de 2021.

A primeira dose foi aplicada em 890 funcionários do Hospital das Clínicas na terça-feira, 21. Eles receberão uma segunda dose num prazo de 14 dias e serão acompanhados por médicos.

De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantã está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil receberá ainda 60 milhões de doses fabricada na China para distribuição.

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