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Maior aposta da Petrobras esbarra em impasse ambiental com recife Amazônico

Empresa apelou de uma decisão do Ibama no início deste mês de bloquear a perfuração perto do recife de 9,5 mil quilômetros quadrados

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Amazônia: Petrobras deseja explorar em uma área que é habitat de recifes perto da foz do Rio Amazonas (Secom-MT/Divulgação)

Amazônia: Petrobras deseja explorar em uma área que é habitat de recifes perto da foz do Rio Amazonas (Secom-MT/Divulgação)

Um enorme habitat de recifes perto da foz do Rio Amazonas ameaça inviabilizar a maior aposta do Brasil na expansão da produção de petróleo.

A Petrobras vai retirar um navio-sonda do bloco de exploração Foz do Amazonas e colocá-lo para trabalhar em outra área marítima no Sudeste, disse a estatal em comunicado por e-mail. A empresa apelou de uma decisão do Ibama no início deste mês de bloquear a perfuração perto do recife de 9,5 mil quilômetros quadrados.

A Petrobras aguardava a aprovação para o uso da plataforma desde o início de dezembro. Os seis meses de impasse custaram à estatal até US$ 200 milhões, segundo algumas estimativas. O Ibama disse que pode levar até um ano para decidir se a exploração perto do recife pode prosseguir ou não.

Oportunidades menores

As oportunidades da Petrobras para aumentar sua produção de petróleo estão diminuindo. A Margem Equatorial, onde fica o recife, responde pela maior parte dos gastos de exploração previstos no plano de negócios de cinco anos da empresa, com US$ 3 bilhões atualmente destinados à região.

É uma mudança de foco após resultados fracos nas bacias do pré-sal, no Sudeste. A Petrobras disse que depois de 2030, a produção diminuirá a menos que encontre mais petróleo.

A Petrobras também vendeu a maior parte de seus ativos de exploração no exterior na última década, na expectativa de que continuaria fazendo grandes descobertas nas bacias de Santos e Campos, onde quase todo o seu petróleo é produzido. A empresa está apostando que a Margem Equatorial poderá conter reservas semelhantes às descobertas de vários bilhões de barris que a Exxon desenvolve ao norte da Guiana.

“A Margem Equatorial ficou muito importante depois das decepções na bacia de Santos”, disse Marcelo de Assis, chefe de pesquisa de produção latino-americana da consultoria Wood Mackenzie. “A Petrobras quase não tem ativos internacionais. Eles não têm para onde ir.”

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