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Lula virar réu não interfere no impeachment, diz Cardozo

Cardozo disse que tem "absoluta convicção de que Lula irá apresentar a sua defesa e provar a sua inocência"

Cardozo: ex-ministro disse que tem "absoluta convicção de que Lula irá apresentar a sua defesa e provar a sua inocência" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 18h59.

Brasília - O ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que se tornou réu nesta sexta-feira, 29, pela Justiça Federal de Brasília no inquérito em que ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato .

Para Cardozo, o processo de Lula não deve interferir no impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Cardozo disse que tem "absoluta convicção de que Lula irá apresentar a sua defesa e provar a sua inocência". O ex-presidente é acusado de tentar obstruir a Justiça.

"Esse é um processo criminal que está começando e o presidente Lula não teve ainda a oportunidade de fazer a sua defesa, agora ele terá a oportunidade de mostrar os fatos. Infelizmente as pessoas prejulgam quando lhes interessam", disse.

"Talvez que venha essa situação para o bem, para ele mostrar o que realmente aconteceu, o que não podemos é prejulgar", defendeu.

Em entrevista nesta tarde à TV Estadão e ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Cardozo afirmou que há um tratamento diferenciado entre Lula e parlamentares da oposição, citando o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com quem disse não ter uma boa relação, e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG).

"No contexto político, dos partidos que estão defendendo o impeachment, quem não tem uma investigação em relação aos seus maiores dirigentes. O PSDB? O Aécio (Neves) não tem nenhuma acusação? Tem várias. O DEM? Vários senadores do DEM estão sendo acusados. Mas eu pergunto, é justo condenar o Aécio sem provas? Não. Assim como não se deve condenar o Lula. Não podemos ser parciais", disse.

Questionado sobre qual função é mais difícil de exercer, entre ser o defensor de Dilma no processo impeachment e ministro da Justiça, Cardozo disse que como ministro era criticado de forma unânime, tanto pela oposição, como por aliados.

Ele disse que é mais fácil ser o advogado de Dilma, pois a defesa da presidente afastada é muito "clara e evidente".

"Mesmo os que não concordam com a gente têm que reconhecer que há razão no que está sendo falado (pela defesa da presidente). Enquanto como ministro você fica entre dois fogos, enquanto advogado eu sinto menos fogo até de quem não pensa como eu penso. Porque quando você tem uma verdade muito forte é difícil argumentar", justificou.

O ex-ministro disse que não possui nenhum problema com o PT. Desde que entrou no partido, na década de 1980, afirmou que sua trajetória foi marcada por muitas disputas e críticas muito pesadas, mas que isso não o fez desacreditar no projeto e nem guardar mágoas da legenda.

"Eu sei que muitas pessoas no meu partido erraram, como pessoas de todos os partidos erram, mas eu não posso confundir as convicções, as crenças e as bandeiras com situações de pessoas que cometem equívocos. Por isso, continuo defendendo o projeto de PT, de transformação, de combate à exclusão social, de apego à democracia (...). Se alguém no PT cometeu erros, que pague, mas que não se criminalize a instituição."

Ele disse ainda que está à inteira disposição para participar da campanha do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, à reeleição.

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Para Cardozo, o processo de Lula não deve interferir no impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Cardozo disse que tem "absoluta convicção de que Lula irá apresentar a sua defesa e provar a sua inocência". O ex-presidente é acusado de tentar obstruir a Justiça.

"Esse é um processo criminal que está começando e o presidente Lula não teve ainda a oportunidade de fazer a sua defesa, agora ele terá a oportunidade de mostrar os fatos. Infelizmente as pessoas prejulgam quando lhes interessam", disse.

"Talvez que venha essa situação para o bem, para ele mostrar o que realmente aconteceu, o que não podemos é prejulgar", defendeu.

Em entrevista nesta tarde à TV Estadão e ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Cardozo afirmou que há um tratamento diferenciado entre Lula e parlamentares da oposição, citando o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com quem disse não ter uma boa relação, e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG).

"No contexto político, dos partidos que estão defendendo o impeachment, quem não tem uma investigação em relação aos seus maiores dirigentes. O PSDB? O Aécio (Neves) não tem nenhuma acusação? Tem várias. O DEM? Vários senadores do DEM estão sendo acusados. Mas eu pergunto, é justo condenar o Aécio sem provas? Não. Assim como não se deve condenar o Lula. Não podemos ser parciais", disse.

Questionado sobre qual função é mais difícil de exercer, entre ser o defensor de Dilma no processo impeachment e ministro da Justiça, Cardozo disse que como ministro era criticado de forma unânime, tanto pela oposição, como por aliados.

Ele disse que é mais fácil ser o advogado de Dilma, pois a defesa da presidente afastada é muito "clara e evidente".

"Mesmo os que não concordam com a gente têm que reconhecer que há razão no que está sendo falado (pela defesa da presidente). Enquanto como ministro você fica entre dois fogos, enquanto advogado eu sinto menos fogo até de quem não pensa como eu penso. Porque quando você tem uma verdade muito forte é difícil argumentar", justificou.

O ex-ministro disse que não possui nenhum problema com o PT. Desde que entrou no partido, na década de 1980, afirmou que sua trajetória foi marcada por muitas disputas e críticas muito pesadas, mas que isso não o fez desacreditar no projeto e nem guardar mágoas da legenda.

"Eu sei que muitas pessoas no meu partido erraram, como pessoas de todos os partidos erram, mas eu não posso confundir as convicções, as crenças e as bandeiras com situações de pessoas que cometem equívocos. Por isso, continuo defendendo o projeto de PT, de transformação, de combate à exclusão social, de apego à democracia (...). Se alguém no PT cometeu erros, que pague, mas que não se criminalize a instituição."

Ele disse ainda que está à inteira disposição para participar da campanha do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, à reeleição.

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