A ministra da Saúde, Nísia Trindade (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 30 de março de 2024 às 21h14.
Última atualização em 30 de março de 2024 às 21h15.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, 30, que vai cobrar da ministra da Saúde, Nísia Trindade, a redução na fila de espera para cirurgias de quadril no Sistema Único de Saúde (SUS). Lula lembrou que fez essa operação há seis meses e afirmou que mais de 40 mil pessoas esperam pelo mesmo atendimento.
"Eu vou conversar com a nossa ministra da Saúde na perspectiva de fazer com que essa fila possa andar", afirmou, em vídeo publicado no X (antigo Twitter). "Não é possível as pessoas ficarem com dores como eu fiquei."
Lula divulgou o vídeo para desejar feliz Páscoa, mas aproveitou a oportunidade para fazer cobranças a Nísia. A titular da Saúde enfrenta dificuldades para se manter no governo e, na semana passada, recebeu bronca do presidente em reunião ministerial. Entre os aspectos criticados em sua gestão, estão falhas no combate à dengue e na condução da crise dos Yanomami.
Nísia, chefe de uma das pastas com maior orçamento do governo, está na mira do Centrão pela liberação de emendas e sofre pressão por falta de traquejo político.
Outro ponto de preocupação na área da Saúde é a crise nos hospitais federais, que motivou a reprimenda de Lula na última semana. Reportagem do Fantástico, da TV Globo, exibiu o estado de abandono de seis unidades no Rio e informou que pacientes esperam até dez anos por cirurgias. Após a repercussão do caso, Nísia trocou o secretário de Atenção Especializada à Saúde e Lula deve decretar situação de emergência nos hospitais fluminenses.
No vídeo, Lula lembrou da cirurgia que passou em setembro do ano passado, quando a articulação de seu quadril foi substituída por uma prótese. O procedimento foi feito no Hospital Sírio-Libanês. O presidente disse que tinha medo da cirurgia e da anestesia, mas superou o sentimento. Ele encorajou quem tem problemas no quadril a passar pelo procedimento. Em média, 20 mil atendimentos do tipo são feitos no SUS por ano.