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Lula nega conhecimento sobre influência de Cunha no FI-FGTS

Ex-presidente foi testemunha de defesa de Cunha, réu no processo sob acusação de recebimento de propina de empresas interessadas em recursos do fundo

Lula: depoimento do ex-presidente foi prestado por meio de videoconferência na sede da Justiça Federal em São Bernardo do Campo (Fernando Donasci/Reuters)

Lula: depoimento do ex-presidente foi prestado por meio de videoconferência na sede da Justiça Federal em São Bernardo do Campo (Fernando Donasci/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de julho de 2017 às 17h24.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (4), em depoimento à Justiça Federal, que não tinha conhecimento sobre a suposta influência do ex-deputado federal Eduardo Cunha na liberação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Lula foi arrolado como testemunha de defesa de Cunha, que é réu no processo sob acusação de recebimento de propina de empresas interessadas em recursos do fundo.

O depoimento do ex-presidente foi prestado por meio de videoconferência na sede da Justiça Federal em São Bernardo do Campo (SP). O processo tramita na 10ª Vara Federal em Brasília.

Em um depoimento que durou menos de dez minutos, o ex-presidente respondeu a perguntas feitas pelo advogado de Cunha e também disse que nunca recebeu pedido do presidente Michel Temer para nomear o ministro Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, para a vice-presidência de Fundos e Loterias da Caixa Econômica, cargo ocupado por Moreira em 2010, quando Lula estava na Presidência da República. Segundo Lula, a nomeação foi uma indicação da bancada do PMDB.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto, disse, em depoimento de delação premiada, que Eduardo Cunha recebia 80% da propina arrecadada entre empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Cunha está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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