Lula e Biden: Fundo financia projetos de sustentabilidade com recursos de países ricos (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de fevereiro de 2023 às 10h42.
Em entrevista à correspondente do Jornal Nacional em Washington, antes de embarcar de volta ao Brasil neste sábado, 11, após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, na agenda ambiental, o encontro bilateral desta semana não teve como objetivo definir a entrada ou o volume de participação dos Estados Unidos em recursos para o Fundo Amazônia.
"Eu não vim aos Estados Unidos para discutir ajuda de 50, de 100 de 200 ou de 10 bilhões de dólares, a discussão não é essa. A discussão é a seguinte: o Brasil é o maior potencial de transição ecológica, o Brasil tem energia limpa, mais do que qualquer outro país no mundo, e uma floresta extraordinária a preservar, cinco biomas que nós queremos cuidar bem".
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Sobre a Amazônia, "território soberano do Brasil", Lula disse que "queremos compartilhar com o mundo a possibilidade de pesquisar, estudar profundamente a riqueza de nossa biodiversidade, e compartilhar com eles, aí sim, ajuda para as pesquisas, e para que a gente possa transformar isso em um ganho econômico para o povo que mora na região, que são praticamente 25 milhões de pessoas."
"Não vim com a ideia de que faríamos um grande acordo, mas para restabelecer as relações democráticas entre Brasil e Estados Unidos", concluiu o presidente.
Gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, o fundo pode utilizar até 20% dos recursos para apoiar o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais.