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Lixo hospitalar é jogado a céu aberto no interior de SP

Ao menos dois hospitais são suspeitos e os responsáveis serão ouvidos na semana que vem


	Médicos realizam cirurgia em hospital
 (Michele Tantussi/Bloomberg)

Médicos realizam cirurgia em hospital (Michele Tantussi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 18h37.

Presidente Prudente - Uma grande quantidade de lixo hospitalar foi encontrada nessa segunda-feira, 23, em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo. Ao menos dois hospitais são suspeitos e os responsáveis serão ouvidos na semana que vem.

"Descartaram o lixo a céu aberto à beira de uma estrada vicinal perto do aeroporto", acusa André Luís Felício, de 47 anos, promotor do Meio Ambiente Urbano do Ministério Público Estadual(MPE).

Até bolsa de sangue foi achada entre agulhas, ampolas, seringas, luvas, máscaras e outros materiais usados em hospitais.

"Havia até bolsa de sangue que possui um risco grande de contaminação. Animais, como cachorros e pássaros, poderiam beber esse sangue e contaminar pessoas com alguma doença", alerta o promotor.

Depois de afirmar que "a responsabilização deve ser exemplar", ele lembra que as crianças também corriam riscos: "Elas poderiam se cortar com agulhas e se contaminar".

Frascos de medicamentos também foram descartados. "Encontramos frascos com algum resíduo", explica o promotor, que considerou o descarte irregular como "muito grave".

O promotor não quis citar os hospitais suspeitos. "Seria uma leviandade de minha parte citar os nomes (dos hospitais), porque o caso está sendo investigado e ainda não dá para saber se houve má-fé", justifica, lembrando que os hospitais podem não ter culpa.

"Eles (hospitais) podem ter gerenciado corretamente o descarte. Há a possibilidade de que uma empresa terceirizada fez o descarte irregular e nós vamos investigar isso", explica. Se houver condenação, a pena prevista é de um a cinco anos de prisão.

Multa

A exemplo do promotor André Luís Felício, o comandante regional da Polícia Ambiental, tenente Julio César Cacciari de Moura, de 30 anos, disse também que "não dá para fazer uma responsabilização direta aos hospitais".

Ele, no entanto, lembrou que a multa por crime ambiental, incluindo a contaminação do solo, é pesada:"A multa varia de R$ 50 a R$ 50 milhões".

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