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Líder no Congresso, Jucá diz que repatriação será votada na terça

Jucá afirmou que o texto ainda está sendo fechado com o Ministério da Fazenda e a Advocacia-Geral da União

Romero Jucá: um dos pontos que ainda não estão definidos é a divisão da multa (Pedro França/Agência Senado)

Romero Jucá: um dos pontos que ainda não estão definidos é a divisão da multa (Pedro França/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 13h35.

Brasília - O senador Romero Jucá (PMDB-RR), oficializado nesta quinta-feira como novo líder do governo no Congresso, informou que o projeto que reabre os prazos para repatriação de recursos de brasileiros no exterior deverá entrar em votação já na próxima terça-feira.

Na primeira entrevista como líder do governo no Congresso, Jucá afirmou que o texto ainda está sendo fechado com o Ministério da Fazenda e a Advocacia-Geral da União, e um dos pontos que ainda não estão definidos é a divisão da multa com os Estados e municípios.

"Temos que construir uma solução que não gere mais um passivo na Justiça. É preciso saber de que forma se pode fazer o aporte para Estados e municípios", disse Jucá.

O senador confirmou, também, que esse novo projeto deverá abrir a possibilidade de repatriação de recursos para parentes de políticos, o que era vedado no projeto anterior, desde que se possa confirmar que a pessoa tem alguma atividade econômica relevante independente do político e que justifica os recursos que estão no exterior.

A nomeação de Jucá como líder foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial, depois de duas semanas em que o senador atuava na prática, mas o governo ainda não havia feito o anúncio oficial.

Ao vazar a informação de que pretendia trocar a liderança no Congresso, o Palácio do Planalto irritou a então líder, Rose de Freitas (PMDB-ES). A senadora já havia reclamado de cansaço e das dificuldades do cargo, o que levou o governo a negociar a troca, mas Rose se sentiu ofendida ao ver Jucá ser tratado como líder sem que o presidente Michel Temer a tivesse chamado para conversar.

A mudança terminou atrasada em duas semanas e só foi concretizada depois de três conversas entre Temer e Rose. Ainda assim, o Planalto preferiu a discrição. A mudança foi publicada no Diário Oficial sem que fosse feito um anúncio pelo Planalto.

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