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Líder diz que DEM manterá obstrução na Câmara

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), criticou a estratégia governista de tentar ampliar o foco da CPI para investigar as denúncias sobre a Petrobras

Mendonça Filho: ele reafirmou intenção de entrar nos próximos dias com mandado de segurança no STF para conseguir abertura da investigação específica sobre a Petrobras (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 17h48.

Brasília - O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirmou que seu partido manterá a obstrução dos trabalhos na Casa para que o Legislativo não perca o foco da necessidade de instalação de uma CPI para investigar as denúncias sobre a Petrobras .

Mendonça Filho criticou a estratégia governista de tentar ampliar o foco da comissão, incluindo os casos do metrô em São Paulo e do porto de Suape (PE), e reafirmou a intenção de entrar nos próximos dias com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir a abertura da investigação específica sobre a estatal.

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"Nosso partido vai iniciar hoje o processo de obstrução para que o parlamento se dedique à CPI. Há tentativas do governo de desviar o foco, de tentar tumultuar o processo incluindo outros temas e nós vamos insistir no foco na Petrobras, que só no caso de Pasadena teve um prejuízo de US$ 1 bilhão", afirmou.

"O governo quer agora usar a pauta da Câmara para tentar tirar os holofotes da CPI."

A compra da refinaria de Pasadena teve o voto favorável da presidente Dilma Rousseff, conforme revelou o Estado. A presidente disse que tomou a decisão com base em um parecer técnico e juridicamente "falho" e com "informações incompletas".

A CPI em debate se propõe a investigar também denúncias de pagamento de suborno a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, a construção de refinarias e a entrada em funcionamento de plataformas inacabadas.

Mendonça Filho afirmou ainda que a revelação feita pela edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, de que o doleiro Alberto Yousseff intermediou doações eleitorais, levantam suspeitas sobre "abuso de poder político" dos partidos mencionados: PP e PMDB.

"Essas doações são legais? Podem ser na formalidade, mas é preciso investigar porque não se pode fazer uma relação entre doações e a liberação de recursos de obras da Petrobras. Isso seria um abuso de poder político", afirmou.

A obstrução do DEM pode comprometer o esforço concentrado anunciado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Ele pretendia realizar votações ao longo da semana, incluindo hoje, para limpar a pauta das três medidas provisórias que a trancam e aprovar projetos populares, como a regulamentação da PEC que garantiu direitos às empregadas domésticas.

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