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Líder da Rede critica troca de membros na CCJ

Até o momento, 13 titulares do colegiado já foram trocados por parlamentares alinhados ao discurso do governo

Molon: disse que reuniu assinaturas de deputados cariocas em apoio ao relator da denúncia (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Molon: disse que reuniu assinaturas de deputados cariocas em apoio ao relator da denúncia (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de julho de 2017 às 14h23.

Brasília - O líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), afirmou nesta quarta-feira, 12, que a gravação entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, demonstra uma "conversa de criminoso, de bandido". Ele considera que a denúncia contra Temer por corrupção passiva, em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), é baseada em "provas robustas". "Não há saída para a crise política no Brasil que passe pela manutenção de um criminoso na presidência da República", declarou.

Molon voltou a criticar a troca de membros da CCJ nos últimos dias articulada pelo governo para evitar que haja maioria (34 dos 66 senadores) favorável ao parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que se manifestou pela admissibilidade do processo. Até o momento, 13 titulares do colegiado já foram trocados por parlamentares alinhados ao discurso do governo.

"O governo usa emendas para liberar dinheiro público e produzir resultado artificial na CCJ. Podem alterar o resultado na comissão, mas vão perder no plenário", disse Molon. Ele avalia que, se a composição original do colegiado fosse mantida, a denúncia contra Temer seria aceita.

Independentemente do resultado do parecer, a denúncia terá de ser votada no plenário da Casa, onde precisará de 342 votos para ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado na CCJ, no entanto, tem forte peso político e servirá de termômetro para o Palácio do Planalto.

Durante a sua fala, Molon também anunciou que reuniu 23 assinaturas de deputados cariocas para uma manifestação de apoio ao relator da denúncia, que está sendo pressionado a deixar o PMDB após apresentar parecer favorável à denúncia contra Temer na segunda-feira, 10. Molon afirmou que Zveiter "não está sozinho no parecer".

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