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Leitura de parecer que beneficia Pimentel gera protestos em MG

Fora da Assembleia, dois caixões com fotos do governador foram colocados na entrada do prédio

Fernando Pimentel: o governador é investigado por corrupção no âmbito da Operação Acrônimo (Elza Fiúza/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 09h55.

Belo Horizonte - Durante a leitura do parecer contrário à abertura da ação penal no Superior Tribunal de Justiça contra o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), nesta quarta-feira, 16, no plenário da Assembleia Legislativa mineira, manifestantes deram alface aos deputados. Fora da Assembleia, dois caixões com fotos do governador foram colocados na entrada do prédio.

Na segunda denúncia apresentada contra Pimentel ao STJ pela Procuradoria-Geral da República, na sexta-feira passada, "manteiga", "manga" e "alface", entre outros alimentos, estavam entre os códigos secretos para destravar o repasse de propina a um suposto emissário do petista. O governador é investigado por corrupção no âmbito da Operação Acrônimo.

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Cerca de 20 policiais do Batalhão de Choque foram colocados na capela da Assembleia, que fica a poucos metros do plenário da Casa. "A missão aqui é intervir em qualquer crime que possa ocorrer aqui, sempre em apoio à polícia legislativa", afirmou o capitão Natan.

A presidência da Assembleia não informou de quem partiu a ordem para que os policiais fossem posicionamos tão próximo ao plenário. "Voltamos à ditadura militar", afirmou o deputado João Leite (PSDB), que faz oposição ao governador.

Para o deputado Rogério Correia (PT), da base de Pimentel, a oposição quer desestabilizar o governo. "Pimentel precisa de paz para governar. Se tiver algo para responder será depois que seu mandato for encerrado. Não há problema nenhum nisso."

A decisão sobre a necessidade da abertura da ação ter de ser aprovada pela Assembleia foi tomada pelo próprio STJ. A expectativa é que a votação ocorra na próxima semana. Nesta quinta-feira, 17, começam a ser contadas as seis sessões previstas no regimento para que a matéria entre em discussão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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