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Lava Jato: Brasil emite alerta da Interpol por funcionário da Petrobras

Há suspeitas de que três gigantes internacionais efetuaram pagamentos de propinas para intermediários e funcionários da Petrobras entre 2011 e 2014

Em uma nova fase da Lava Jato, o MPF informou que as companhias Vitol, Trafigura, Glencore e outras são suspeitas de pagamento de propina a funcionários da Petrobras (Mario Tama/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 11h23.

Última atualização em 5 de dezembro de 2018 às 11h25.

Rio de Janeiro - Um funcionário da Petrobras que participou de suposto esquema de corrupção envolvendo gigantes de comercialização de combustíveis permanece na mesma função em escritório da petroleira em Houston, nos EUA, e foi emitido alerta vermelho da Interpol, disse a jornalistas nesta quarta-feira o delegado Filipe Pace, da Polícia Federal.

Em uma nova fase da operação da Lava Jato, o Ministério Público Federal informou nesta quarta-feira que as companhias Vitol , Trafigura , Glencore e outras são suspeitas de pagamento de propina a funcionários da Petrobras em um esquema na área de trading da brasileira com pagamentos ilegais de 31 milhões de dólares.

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Há suspeitas de que as três gigantes internacionais efetuaram pagamentos de propinas para intermediários e funcionários da Petrobras entre 2011 e 2014 nos montantes, respectivamente, de 5,1 milhões de dólares, 6,1 milhões de dólares e 4,1 milhões de dólares relacionados a mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de tanques para estocagem.

Durante coletiva de imprensa, a procuradora Jerusa Burmann Viecili, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, pontuou que o suposto esquema de corrupção pode continuar existindo, uma vez que intermediários identificados têm visitas recentes registradas em prédio da empresa no Brasil.

Além do funcionário de Houston, segundo o delegado, há um outro da ativa suspeito que trabalha na petroleira no Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado, há farta documentação nos autos de que executivos de Trafigura e Vitol participavam de esquema de propinas na Petrobras.

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