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Lancha de Dom Phillips e Bruno Pereira é encontrada

A lancha foi encontrada a "20 metros de profundidade, emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação"

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A Polícia Civil chega ao porto de Atalaia do Norte com a lancha utilizada por Bruno Pereira e Dom Phillips, localizada em 19 de junho de 2022 (AFP/AFP Photo)

A Polícia Civil chega ao porto de Atalaia do Norte com a lancha utilizada por Bruno Pereira e Dom Phillips, localizada em 19 de junho de 2022 (AFP/AFP Photo)

A
AFP

Publicado em 20 de junho de 2022 às, 13h57.

A Polícia Federal (PF) informou nesta segunda-feira, 20, que recuperou no domingo à noite a lancha na qual viajavam o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira quando desapareceram na Amazônia antes de serem assassinados.

"A embarcação será submetida nos próximos dias aos exames periciais necessários, de modo a contribuir com a completa elucidação dos fatos", afirmou a PF em nota.

Segundo o comunicado, a lancha foi encontrada a "20 metros de profundidade, emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação, a uma distância de 30 metros da margem direita do rio Itacoaí".

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Além da embarcação, coberta por lodo, as autoridades informaram a descoberta de um motor de barco e quatro tambores pertencentes a Pereira.

Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", o terceiro suspeito detido no sábado, foi quem indicou a localização da lancha.

A PF também identificou outras 5 pessoas suspeitas de terem "participado da ocultação dos cadáveres", encontrados na quarta-feira.

Amarildo da Costa de Oliveira, o primeiro suspeito preso, admitiu ter enterrado os corpos de Phillips e Pereira, assassinados a tiros, segundo os investigadores.

Ambos foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando embarcaram rumo a Atalaia do Norte, no Vale de Javari, uma região perigosa devido à atividade de traficantes de drogas, além da pesca e mineração ilegais.

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Segundo as autoridades policiais, nesta etapa da investigação os indícios sugerem que os assassinos atuaram sem o apoio de uma organização criminosa.

A União dos Povos Indígenas do Javari (Univaja), cujos membros participaram ativamente da investigação, rechaçou esta versão.

Representantes da Univaja devem se reunir esta semana em Brasília com membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Comissão de Constituição e Justiça do Parlamento, para pressionar as autoridades para que a Policia Federal desempenhe seu papel na investigação, segundo uma nota da entidade.

Segundo a organização, os assassinatos foram planejados por uma poderosa organização criminosa.

Vários especialistas indicam que a pesca ilegal de espécies ameaçadas no Vale do Javari é em sua maior parte controlada por traficantes que usam a atividade para lavar dinheiro da venda de drogas.

(AFP)

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