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Kátia Abreu, a incompreendida

Ambição nunca faltou para a peemebista Kátia Abreu, ministra da agricultura. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em 2014, ela afirmou que “concorrer à presidência não é um plano – é destino. Estou me preparando para isso”. Nesta quarta-feira, sua estratégia ficou ainda mais enigmática. O penúltimo ministro do PMDB no governo Dilma, Marcelo […]

A MINISTRA: ela diz que fica por amizade à presidente / Antônio Cruz/ Agência Brasil (Antônio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2016 às 06h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

Ambição nunca faltou para a peemebista Kátia Abreu, ministra da agricultura. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em 2014, ela afirmou que “concorrer à presidência não é um plano – é destino. Estou me preparando para isso”. Nesta quarta-feira, sua estratégia ficou ainda mais enigmática. O penúltimo ministro do PMDB no governo Dilma, Marcelo Castro, da Saúde, pediu demissão. Sobrou apenas Kátia Abreu, estrela de um governo que já tem 10 ministérios vagos ou com ocupantes interinos.

A explicação que a ministra insiste em dar para sua escolha é de que é leal à presidente, de quem se tornou amiga pessoal, e que não existe crime de responsabilidade nas pedaladas fiscais. “Kátia tem sido uma boa ministra, mas, politicamente, não dá para entender sua posição pessoal”, diz o deputado federal Marcos Montes, do PSD, líder da Frente Parlamentar da Agropecuária. A ministra é presidente licenciada da CNA, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, que defende sua saída do ministério e articula sua sucessão interna.

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Kátia é psicóloga de formação e se tornou pecuarista ao assumir a fazenda da família quando seu marido morreu em 1987. Tinha 25 anos. Entrou para a política em 2003, como deputada federal. Em 2007 foi eleita senadora pelo Tocantins e alcançou a reeleição em 2014. Tornou-se ministra da Agricultura em 2015.

Para Dilma, a ministra pode não representar um sopro de esperança para permanecer no cargo, mas se mostra leal num momento complicado. “Admiro a ministra pela firmeza em suas posições e pela sua lealdade”, diz o senador Donizeti Nogueira, do PT do Tocantins, suplente que assumiu a vaga de Kátia quando ela foi para o ministério. “Ela avaliou que a CNA e o PMDB estavam errados e teve coragem de discordar”. Até onde essa lealdade vai levá-la é a grande questão.

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