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Kassab oficializa apoio do PSD a Doria, mas ainda não a Alckmin

Sobre Doria, o ministro afirmou que tem dele o compromisso de que a aliança prevê que o PSD indique o vice

Gilberto Kassab: "A instância que vai definir o apoio presencial é outra" (Valter Campanato/Agência Brasil)

Gilberto Kassab: "A instância que vai definir o apoio presencial é outra" (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de abril de 2018 às 18h09.

São Paulo - O ex-prefeito João Doria (PSDB), que renunciou ao cargo na última sexta-feira, 6, para concorrer ao governo do Estado, recebeu na manhã desta segunda-feira, 9, o apoio oficial do PSD à sua candidatura.

Presente no anúncio, o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, fundador e presidente licenciado do partido, não quis vincular o apoio a Doria a um eventual apoio ao agora ex-governador paulista Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, apesar de afirmar que essa é uma tendência muito forte.

"São coisas distintas. A instância que vai definir o apoio presencial é outra. Aqui se discute São Paulo, mas posso afirmar que meu sentimento hoje é que a ampla maioria do partido quer a candidatura Geraldo Alckmin", disse Kassab.

Sobre Doria, o ministro afirmou que tem dele o compromisso de que a aliança prevê que o PSD indique o vice. Depois da desistência do próprio Kassab, o posto na chapa deve ficar com a presidente nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, que foi vice de Kassab na Prefeitura.

Doria, no entanto, não confirmou a declaração de Kassab quando perguntado. Disse apenas que vai anunciar seu vice "oportunamente".

Em seu discurso, Doria disse reverenciar Alckmin pela sua capacidade de gestão e se colocou como sucessor de seu plano de governo. Ele foi um dos poucos presentes a citar o nome do tucano - mais de 15 políticos discursaram. O presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, afirmou antes que Doria e Alckmin estarão unidos novamente nessas eleições.

Após deixar a Prefeitura com apenas 15 meses de governo na data máxima permitida pela lei eleitoral, Doria corre agora para fechar o maior número de alianças para ao menos equilibrar a disputa partidária com o atual governador paulista Márcio França (PSB), também candidato.

Desde o início do ano, França já anunciou 12 partidos em sua coligação, entre siglas pequenas e médias.

O atual prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), participou do ato acompanhado de ao menos oito secretários municipais e fez questão de ressaltar que ele e sua equipe estavam presentes porque o anúncio foi marcado no horário do almoço.

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