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Justiça proíbe que escolas fechadas no Rio sirvam almoço para alunos

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 1.500 alunos se beneficiaram das refeições nos últimos dois dias, apesar da suspensão das aulas

Rio de Janeiro: aulas foram suspensas para conter avanço do coronavírus (Arquivo/Agência Brasil)

Rio de Janeiro: aulas foram suspensas para conter avanço do coronavírus (Arquivo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de março de 2020 às 14h39.

As escolas municipais do Rio, que estavam sendo abertas de 11 horas às 13 horas para servir almoço a alunos necessitados, passam a fechar totalmente a partir desta quarta-feira - pelo menos enquanto durar uma liminar dada na terça-feira pela Justiça. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE-RJ) entrou com o pedido e obteve a liminar, da qual a Secretaria Municipal de Educação afirma que vai recorrer por meio da Procuradoria-Geral do Município.

A iniciativa de abrir as escolas para o almoço foi anunciada na última sexta-feira pelo prefeito Marcelo Crivella e pela secretária Talma Romero Suane.

Seria uma forma de atender alunos que dependem das unidades escolares para se alimentar. Segundo a Secretaria, cerca de 1.500 alunos se beneficiaram das refeições nos últimos dois dias.

O sindicato, ao justificar o pedido para que os colégios sejam totalmente fechados, ressaltou que sabe da necessidade desses alunos, mas disse que abrir as unidades é colocar em risco os estudantes e profissionais. Eles defendem a adoção de medidas alternativas, como o envio de comida às casas dos alunos.

"Alternativas inclusive utilizadas na crise de saúde de 2009, causada pelo vírus H1N1 (mais conhecida como gripe suína), quando a Prefeitura envidou esforços para distribuir alimentos diretamente aos alunos mais necessitados, sem a necessidade de abertura das unidades e sem colocar em risco os profissionais", diz o SEPE.

A capital do Rio concentra 31 dos 33 casos registrados até ontem no Estado.

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