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Juíza prorroga prisão de ex-secretário de Alckmin e mais seis

Segundo o MPF, operação mira crimes praticados por agentes públicos e empresários durante as obras do Rodoanel

Laurence Casagrande: Juíza Maria Isabel do Prado manteve a prisão temporária de sete investigados na Operação Pedra no Caminho (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de junho de 2018 às 09h44.

Última atualização em 26 de junho de 2018 às 09h46.

São Paulo - A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, manteve a prisão temporária de sete investigados na Operação Pedra no Caminho - investigação sobre supostos desvios de mais de R$600 milhões das obras do Rodoanel Norte.

Na lista estão o ex-diretor-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) que também ocupou o cargo de secretário de Logística e Transportes Laurence Casagrande (governo Alckmin), o ex-diretor Pedro da Silva e o atual diretor da estatal paulista Pedro Paulo Dantas Amaral. A decisão atende a um pedido do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

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Eles foram presos temporariamente, por cinco dias, na última quinta-feira (21). O prazo do esgotamento das temporárias se encerraria às 23h59 desta segunda-feira (25). Todos negam taxativamente envolvimento em irregularidades no empreendimento.

Segundo o Ministério Público Federal, a Pedra no Caminho mira crimes praticados por agentes públicos e empresários durante as obras do Rodoanel Viário Mário Covas - Trecho Norte e envolvem a suposta prática de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação, crime contra a ordem econômica e desvio de verbas públicas.

As obras contaram com recursos da União, do Governo do Estado de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foram fiscalizadas pela Dersa.

"As obras são divididas em seis lotes, tiveram início em 2013 e ainda estão em andamento. Apurações do Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram diversas irregularidades e superfaturamento de centenas de milhões de reais, por meio da celebração de aditivos contratuais desnecessários, visando a apropriação indevida de recursos públicos em prejuízo da União, do Estado de São Paulo e do BID", afirmou a Procuradoria da República quando a operação foi deflagrada.

"Para maquiar o sobrepreço adotou-se a prática de jogo de planilhas, expediente comum em fraudes a licitações com muitos itens contratados de forma global, em que o licitante oferece preço acima do mercado para alguns itens e abaixo da referência para outros, de modo a colocar-se artificialmente como menor preço global. Esse expediente é comum em fraudes às licitações."

Os investigadores afirmam que o "TCU constatou superfaturamento na casa dos R$ 33 milhões e manipulação proposital de quantitativos nos contratos, que acabaram por ocultar impacto financeiro consistente em acréscimos indevidos que somam mais de R$ 600 milhões".

A reportagem está tentando contato com os citados.O espaço está aberto para as manifestações.

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