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Juiz manda MP refazer ação contra Haddad

Haddad: o juiz afirma que os promotores não individualizaram as responsabilidades de cada um dos acusados que deveriam também responsabilizar o poder público


	Haddad: o juiz afirma que os promotores não individualizaram as responsabilidades de cada um dos acusados que deveriam também responsabilizar o poder público
 (Fabio Arantes/SECOM)

Haddad: o juiz afirma que os promotores não individualizaram as responsabilidades de cada um dos acusados que deveriam também responsabilizar o poder público (Fabio Arantes/SECOM)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 13h56.

São Paulo - O juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara de Fazenda Pública, determinou que o Ministério Público Estadual (MPE) refaça a ação de improbidade administrativa contra o prefeito Fernando Haddad (PT); o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto; o ex-secretário municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Marcos de Barros Cruz; e o atual secretário de Finanças, Rogério Ceron de Oliveira.

No despacho publicado na quarta-feira, 2, no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o juiz afirma que os promotores não individualizaram as responsabilidades de cada um dos acusados na suposta irregularidade e que deveriam também responsabilizar o poder público, o que não foi feito.

"Assim, os pedidos de obrigação de fazer/não fazer, porque relativos à atividade administrativa, não podem se voltar contra as pessoas físicas, ocupantes temporárias dos cargos públicos representativos da pessoa jurídica, pena de se por em cheque a teoria do órgão do direito administrativo, regente da maneira pela qual a administração manifesta sua vontade através de seus vários órgãos e servidores."

O juiz deu prazo de 10 dias para o MPE. A Prefeitura não comentou.

Multas

Na ação, os promotores do Patrimônio Público acusam a gestão Haddad de usar o dinheiro da arrecadação das multas de trânsito de maneira irregular.

Eles apontam irregularidades no repasse de R$ 571 milhões para despesas operacionais da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), usados também para pagamento de salários, e de R$ 25 milhões para construção de ciclovias.

Os promotores, entre outras medidas, pediram a devolução de R$ 617 milhões aos cofres públicos, R$ 185 milhões de dano moral e o bloqueio dos bens do prefeito.

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