"Isso aqui é um tribunal de exceção", acusa Lindbergh Farias
De acordo com o senador, o processo de impeachment é um golpe de classes
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 19h30.
Brasília - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o 27º parlamentar a questionar a presidente afastada Dilma Rousseff, exibiu uma foto da petista durante sua prisão na ditadura militar, reafirmou que o processo de impeachment "é um golpe" e que o Senado "é um tribunal de exceção".
De acordo com o senador, o processo de impeachment é um golpe de classes. "Acuso a elite e burguesia brasileira que nunca tiveram compromisso com a democracia", disse. "Acuso o PSDB de não ter aceitado o resultado das eleições", complementou.
Lindbergh citou a atuação da Polícia Federal e do Ministério Publico no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso e disse que somente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu autonomia à Polícia Federal.
"Só com Lula e Dilma o Ministério Público teve autonomia", afirmou.
Ele criticou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente em exercício Michel Temer, dizendo que eles eram os autores do golpe e lembrou a sessão no impeachment da Câmara de 17 de abril. "Foi assembleia geral de bandidos", acusou.
Dilma afirmou que o processo de impeachment é um golpe motivado pela incapacidade da oposição de implementar, por meio das urnas, uma pauta "ultraliberal, ultraconservadora e ultrarreacionária".
"É uma tentativa de desmontar o projeto que saiu vitorioso nas urnas", disse Dilma, ressaltando que "é isto que está por trás do golpe".
A petista disse ainda que o deputado afastado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o protagonista do golpe e que os demais são coadjuvantes, que "emprestaram nome e credibilidade para o mais vergonhoso processo de impeachment, que tinha por base evitar o julgamento do senhor presidente da Câmara, em curso no Conselho de Ética".
"A chantagem que levou ao processo de impeachment tinha objetivo de livrar Cunha", afirmou.
Dilma questionou por que o processo de Cunha tem sido adiado. "Como condenam uma pessoa inocente por três decretos e um Plano Safra e adiam o julgamento (de Cunha)?", questionou a presidente afastada.
Ela também provocou Cunha ao dizer que não tem contas no exterior, imóveis no exterior e nem usufruiu de benesses do poder.
Ela ainda voltou a citar a gravação em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado que é preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.
Manifestações
Integrantes de grupos que apoiam a presidente afastada começaram a chegar na Esplanada dos Ministérios no início da noite.
Eles iniciaram a caminhada por volta das 17h30, partindo do acampamento montado no estacionamento do ginásio Nilson Nelson. A estimativa é de que 800 pessoas participem da caminhada.
Esta é a segunda manifestação organizada pelo grupo nesta segunda-feira. Pela manhã, cerca de 350 pessoas acompanharam em frente do Congresso Nacional o depoimento feito pela presidente afastada no Senado.
Do lado destinado a grupos pró-impeachment, o movimento era bastante reduzido até o início da noite. A expectativa de organizadores é de que manifestantes comecem a chegar depois das 19h.
Brasília - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o 27º parlamentar a questionar a presidente afastada Dilma Rousseff, exibiu uma foto da petista durante sua prisão na ditadura militar, reafirmou que o processo de impeachment "é um golpe" e que o Senado "é um tribunal de exceção".
De acordo com o senador, o processo de impeachment é um golpe de classes. "Acuso a elite e burguesia brasileira que nunca tiveram compromisso com a democracia", disse. "Acuso o PSDB de não ter aceitado o resultado das eleições", complementou.
Lindbergh citou a atuação da Polícia Federal e do Ministério Publico no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso e disse que somente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu autonomia à Polícia Federal.
"Só com Lula e Dilma o Ministério Público teve autonomia", afirmou.
Ele criticou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente em exercício Michel Temer, dizendo que eles eram os autores do golpe e lembrou a sessão no impeachment da Câmara de 17 de abril. "Foi assembleia geral de bandidos", acusou.
Dilma afirmou que o processo de impeachment é um golpe motivado pela incapacidade da oposição de implementar, por meio das urnas, uma pauta "ultraliberal, ultraconservadora e ultrarreacionária".
"É uma tentativa de desmontar o projeto que saiu vitorioso nas urnas", disse Dilma, ressaltando que "é isto que está por trás do golpe".
A petista disse ainda que o deputado afastado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o protagonista do golpe e que os demais são coadjuvantes, que "emprestaram nome e credibilidade para o mais vergonhoso processo de impeachment, que tinha por base evitar o julgamento do senhor presidente da Câmara, em curso no Conselho de Ética".
"A chantagem que levou ao processo de impeachment tinha objetivo de livrar Cunha", afirmou.
Dilma questionou por que o processo de Cunha tem sido adiado. "Como condenam uma pessoa inocente por três decretos e um Plano Safra e adiam o julgamento (de Cunha)?", questionou a presidente afastada.
Ela também provocou Cunha ao dizer que não tem contas no exterior, imóveis no exterior e nem usufruiu de benesses do poder.
Ela ainda voltou a citar a gravação em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado que é preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.
Manifestações
Integrantes de grupos que apoiam a presidente afastada começaram a chegar na Esplanada dos Ministérios no início da noite.
Eles iniciaram a caminhada por volta das 17h30, partindo do acampamento montado no estacionamento do ginásio Nilson Nelson. A estimativa é de que 800 pessoas participem da caminhada.
Esta é a segunda manifestação organizada pelo grupo nesta segunda-feira. Pela manhã, cerca de 350 pessoas acompanharam em frente do Congresso Nacional o depoimento feito pela presidente afastada no Senado.
Do lado destinado a grupos pró-impeachment, o movimento era bastante reduzido até o início da noite. A expectativa de organizadores é de que manifestantes comecem a chegar depois das 19h.