Escola vazia na Itália: país fechou escolas e universidades por causa do coronavírus (Remo Casilli/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2020 às 07h04.
Última atualização em 5 de março de 2020 às 07h30.
IRB muda presidente pós-Buffet
Após a queda de mais de 40% das ações nesta quarta-feira, 4, o IRB Brasil anunciou depois do fechamento do pregão, a renúncia do presidente da companhia, José Cardoso, e do vice-presidente executivo, financeiro e de relações com investidores, Fernando Passos. Werner Suffert foi eleito pelo Conselho de Administração para a posição de vice-presidente executivo, financeiro e de relações com Investidores do IRB Brasil. Ficará como presidente interino até que outro executivo seja escolhido. A troca do comando da companhia se deve a uma crise de confiança do mercado depois que a Berkshire Hathaway, empresa do bilionário Warren Buffett, divulgou um comunicado negando que tenha comprado ações da resseguradora. Disse ainda que as informações de que faria parte do quadro de acionistas estão incorretas e que não é acionista do IRB, nunca foi e também não tem intenção de se tornar investidor da companhia brasileira.
Orçamento: vetos de Bolsonaro mantidos
Após um impasse com o governo, os parlamentares mantiveram os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que entregaria ao Congresso o controle sobre a destinação dos recursos das emendas, o chamado Orçamento Impositivo. Os vetos foram mantidos com 398 votos na Câmara, com apenas dois pela derrubada. Diante do resultado, uma votação no Senado não foi necessária. Os parlamentares mantiveram vetos de Bolsonaro a quatro dispositivos da proposta (PLN 51/2019), como o poder dos parlamentares para indicar a ordem de prioridade das emendas e punição caso o governo não faça as transferências. Há acordo entre lideranças para votar, na próxima semana, três projetos encaminhados pelo governo com novas regras para a execução orçamentária. Essas propostas serão pautadas na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na próxima terça-feira, 10.
Michael Bloomberg larga campanha
Depois de gastar cerca de 500 milhões de dólares somente na corrida democrata pela Casa Branca, o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou nesta quarta-feira o fim de sua campanha pela nomeação do Partido Democrata para a eleição presidencial dos Estados Unidos. O empresário se manifestou no Twitter e revelou, ainda, o pré-candidato que irá apoiar daqui em diante: o ex-vice-presidente Joe Biden, grande vencedor das votações da super-terça. “Sempre acreditei que para derrotar Donald Trump é necessário se unir para apoiar o candidato com a melhor chance de fazê-lo. Após a votação de ontem, fica claro que esse candidato é meu amigo e um grande americano, Joe Biden ”, afirmou Bloomberg em comunicado.
Itália fecha escolas e universidades
O governo da Itália anunciou nesta quarta-feira que vai fechar todas as suas escolas e universidades a partir de amanhã. Estratégia de contenção do coronavírus, a medida se estenderá até meados de março. Ao todo, o Ministério da Saúde já contabiliza 79 mortes, 2.263 casos confirmados e 160 pessoas curadas da doença no país. A decisão foi tomada pelo chefe de Governo Giuseppe Conte, durante um conselho de ministros em Roma. No último sábado, escolas e universidades do norte italiano já haviam suspendido as aulas pela segunda semana consecutiva, enquanto as regiões de Lombardia, Veneto e Emilia Romana respondiam por 90% dos casos confirmados até então no país.
FMI: “crescimento global será afetado por coronavírus”
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quarta-feira que o crescimento global de 2020 ficará abaixo dos níveis do ano passado em função da disseminação contínua do coronavírus. Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo, disse que o FMI está “lutando com a incerteza” por conta da doença. “Os 189 países membros do FMI estão unidos para enfrentar os desafios globais relacionados à epidemia de Coronavírus e estendemos nossa simpatia a todos os afetados. O impacto econômico e financeiro também foi sentido globalmente, criando incertezas e prejudicando as perspectivas de curto prazo”, disse o fundo, em nota. Em janeiro, o FMI havia estimado o crescimento global de 2019 em 2,9% e de 2020 em 3,3%. Em fevereiro, o Fundo disse que o surto poderia reduzir 0,1 ponto percentual do crescimento de 2020.