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IPCA deve terminar o ano abaixo do centro da meta, prevê Ipea

O órgão não divulgou uma estimativa específica para o IPCA, apenas informou que o indicador deverá encerrar o ano abaixo de 4,5%

Preços: o fenômeno deverá elevar a inflação no último trimestre, mas em ritmo insuficiente para ultrapassar o centro da meta (Arquivo/Agência Brasil)

Preços: o fenômeno deverá elevar a inflação no último trimestre, mas em ritmo insuficiente para ultrapassar o centro da meta (Arquivo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de março de 2017 às 17h39.

A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá terminar o ano abaixo do centro da meta, de 4,5%.

A estimativa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou hoje (10) a Carta de Conjuntura para o primeiro trimestre de 2017.

O órgão não divulgou uma estimativa específica para o IPCA, apenas informou que o indicador deverá encerrar o ano abaixo de 4,5%.

Para o Ipea, os preços administrados (como energia, transporte e outras tarifas públicas) subirão levemente este ano, depois de registrarem deflação no ano passado.

O fenômeno deverá elevar a inflação no último trimestre, mas em ritmo insuficiente para ultrapassar o centro da meta.

Alimentos

De acordo com o Ipea, a expectativa é de continuada desaceleração dos índices de preços no restante do ano, graças ao comportamento dos preços livres.

Segundo o órgão, o destaque é o preço dos alimentos, que este ano deve subir menos ou, em alguns casos, cair, como resultado do aumento de safra de grãos e de oleaginosas e da não ocorrência de fenômenos climáticos nas principais regiões produtoras como os verificados nos últimos dois anos.

Em relação a fatores externos que podem influenciar a inflação, o Ipea informou que os preços das commodities (bens primários com cotação internacional) vão estacionar nos próximos meses por causa de três fatores.

A extração de petróleo será contrabalançada pelo aumento da produção norte-americana de petróleo de xisto, as safras nos hemisférios Sul e Norte devem aumentar e a decisão da China de refrear o crescimento econômico deve retrair a demanda global por minério de ferro.

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